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Por Alejandro Jorge García, repórter fotográfico do Farol
Muito louvável a iniciativa de mobilizar as crianças e adolescentes para estar conscientes de um vício na sociedade que tantas tragédias provoca, nas famílias e na vida das vítimas.
Outros anos também foram feitas mobilizações semelhantes. Para os cidadãos que estamos na rua é reconfortante saber que tem quem se preocupa com o tema. Não sabemos de que modo os alunos que participam são orientados antes sobre a questão, nem como se avaliam os resultados do trabalho e também como o trabalho é continuado.
Dá uma sensação de que nesta data nacional o problema é levantado da dormência para discutir. Mas depois, o que acontece? Não pode ser tratada uma situação de conflito moral que a sociedade carrega desde sempre como se fosse o Dia da Bandeira.
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Nas escolas já tem assuntos vários que se trabalham como projetos temporários; estímulo à leitura, cuidados com o médio ambiente e mais, mas este tema é muito mais profundo e muito mais venenoso. Acredito que deve ser trabalhado em uma ação com continuidade e projetada para fora da escola, buscando atingir o ambiente íntimo da família.
Convidar pais e mães, organizar reuniões nas comunidades, facilitar espaços onde os adolescentes se sintam confiantes para falar. Em fim, tratar a planta buscando sua raiz. Quem já tentou eliminar ervas daninha sabe como é inútil tentar arrancá-las pelo talo.
Tal vez eu esteja mal informado e alguma coisa dessas está sendo feita. Se for, parabéns pela iniciativa.
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