“No dia 1º, 5h da manhã a polícia foi na casa do meu pai sem mandando de busca, entraram e reviraram tudo. Uma coisa que eu acho interessante é que eles deveriam ter me procurado, eu não sou contra eles prenderem marginais, não. Eu sou a favor deles, só não achei bom porque meu pai tem problema de coração, foi operado e toma remédio controlado. Se eles tivessem pelo menos vindo a mim e dito que iriam entrar e fazer a busca. Mas eles chegarem às 5h da manhã acordando a pessoa, meu pai que a qualquer momento poderia ter morrido. E se ele adoecer quem vai cuidar sou eu, não é ninguém”, disse João Batista.
“Eu vou tomar umas providências porque não existe você acordar uma pessoa doente com 91 anos e sem saber que meu pai não é homem de apoiar bandido. Eu vou tomar as providências, vou procurar o Ministério Público para procurar os comandantes e dar as informações certas de quando eles forem em uma casa procurar saber se tem alguma pessoa doente, alguém passando mal. Eu não sou contra a polícia, sou a favor deles, acho bonito quando prendem um bandido. Já procurei o promotor e ele disse que eu perguntasse ao meu pai e ao meu irmão se querem denunciar, se eles aceitarem nós vamos denunciar”, explicou o filho.
OUTRO LADO
A reportagem do FAROL entrou em contato com a Polícia Militar de Serra Talhada através do tenente-coronel Tibério César. O comandante afirmou que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial e aguardará João Batista procurar o 14º BPM para tomar as providências cabíveis. “Eu não tinha conhecimento do fato, estou sabendo agora pela imprensa e também não recebemos nenhum comunicado oficial. O que eu sugiro é que as vítimas procurem o Batalhão para que possamos ouvi-las e tomar providências quanto ao caso, abrir sindicância, buscar quem foram os PMs envolvidos e tomar as providências”, garantiu o comandante.
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