denuncia-joao-batistaUm agricultor de Serra Talhada está indignado com a Polícia Militar e acionou o Ministério Público contra a corporação por invasão de domicílio. Em conversa com o FAROL, João Batista, 57 anos, agricultor, morador do sítio São João dos Gaias, alegou que PMs entraram na residência de seu pai Cícero Batista Gaia, de 91 anos, sem mandado de busca e apreensão nessa quinta-feira (1), às 5h da manhã, e reviraram a casa toda. Segundo ele, seu pai é doente e a ação policial poderia ter causado a morte do idoso.

“No dia 1º, 5h da manhã a polícia foi na casa do meu pai sem mandando de busca, entraram e reviraram tudo. Uma coisa que eu acho interessante é que eles deveriam ter me procurado, eu não sou contra eles prenderem marginais, não. Eu sou a favor deles, só não achei bom porque meu pai tem problema de coração, foi operado e toma remédio controlado. Se eles tivessem pelo menos vindo a mim e dito que iriam entrar e fazer a busca. Mas eles chegarem às 5h da manhã acordando a pessoa, meu pai que a qualquer momento poderia ter morrido. E se ele adoecer quem vai cuidar sou eu, não é ninguém”, disse João Batista.

“Eu vou tomar umas providências porque não existe você acordar uma pessoa doente com 91 anos e sem saber que meu pai não é homem de apoiar bandido. Eu vou tomar as providências, vou procurar o Ministério Público para procurar os comandantes e dar as informações certas de quando eles forem em uma casa procurar saber se tem alguma pessoa doente, alguém passando mal. Eu não sou contra a polícia, sou a favor deles, acho bonito quando prendem um bandido. Já procurei o promotor e ele disse que eu perguntasse ao meu pai e ao meu irmão se querem denunciar, se eles aceitarem nós vamos denunciar”, explicou o filho.

OUTRO LADOtibério césar

A reportagem do FAROL entrou em contato com a Polícia Militar de Serra Talhada através do tenente-coronel Tibério César. O comandante afirmou que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial e aguardará João Batista procurar o 14º BPM para tomar as providências cabíveis. “Eu não tinha conhecimento do fato, estou sabendo agora pela imprensa e também não recebemos nenhum comunicado oficial. O que eu sugiro é que as vítimas procurem o Batalhão para que possamos ouvi-las e tomar providências quanto ao caso, abrir sindicância, buscar quem foram os PMs envolvidos e tomar as providências”, garantiu o comandante.