Duque e carlosApós a Câmara Municipal de Serra Talhada votar favorável, na noite desta quinta-feira (27), ao parecer do TCE, ratificando a rejeição das contas de 2008 do ex-prefeito Carlos Evandro (PSB), uma grande dúvida pairou no ar com relação à postura do atual prefeito Luciano Duque (PT) na polêmica.

Ao longo de todo o processo que culminou no sepultamento da carreira política de Carlos, aliados do ex-prefeito avaliaram, em conversa com o FAROL após a sessão, que, “no mínimo”, Duque se omitiu em tentar fazer qualquer  gestão em favor do seu padrinho político.

Recentemente, durante entrevista a uma rádio local, o gestor havia defendido a autonomia do PT na forma de encarar a polêmica votação das contas reprovadas pelo TCE. Para ele, o Partido dos Trabalhadores seria “uma legenda diferente”, que não se submete a orientação de apenas um líder.

Com esse álibi Duque tentou demonstrar-se a avesso à possibilidade de influenciar na posição partidária. Na visão de interlocutores de Evandro, ficou a certeza, após a sessão, de que o já aguardado ato de “traição” do PT para com o principal ator político que alçou a sigla ao poder na Capital do Xaxado, foi consumado.

Por outro lado, pairou a dúvida sobre a verdadeira atuação de Luciano Duque nos bastidores da “guerra de interesses” que acabou arruinando a carreira política do ex-prefeito de Serra Talhada. A votação pela reprovação das contas de “Carlão”,  nesta quinta, teve a direta contribuição de vereadores petistas.