lulaEm seu périplo por Brasília para ajudar Dilma Rousseff a sair da crise, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva incluiu na agenda uma reunião com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo aliados, Lula pediria que o peemedebista colaborasse na aprovação do novo pacote de ajuste fiscal proposto pelo governo e segurasse os pedidos de impeachment contra a presidente.

Rompido como o governo desde julho, Cunha é o responsável direto pela abertura ou não de um processo de afastamento de Dilma pelo Legislativo. Nesta quinta-feira (17), o presidente da Câmara recebeu a reapresentação de um pedido feito pelo advogado e fundador do PT Hélio Bicudo.

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Cunha tem se afastado cada vez mais do Palácio do Planalto desde que a PGR (Procuradoria-Geral da República) o denunciou STF (Supremo Tribunal Federal) por corrupção e lavagem de dinheiro na esteira da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção da Petrobras. O peemedebista diz que o governo está por trás das acusações.

Vetos

Ainda de acordo com aliados, o ex-presidente pediria a colaboração de Cunha também para a sessão de terça-feira (22), quando o Congresso vai analisar os vetos presidenciais das chamadas “pautas-bomba”, que podem onerar ainda mais as contas da União em um período de ajuste. A avaliação de Lula é que Dilma precisa do PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, para garantir sua governabilidade. Isolada, sua situação ficaria ainda mais grave, na opinião do ex-presidente.

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Aconselhada pelo próprio Lula, a presidente chamou Cunha para uma conversa em seu gabinete no fim de agosto. Pediu apoio do presidente em votações importantes, para impedir mais gastos às contas públicas.

( Da FolhaPress )