Publicado às 05h08 desta segunda-feira (9)

Parte das terras que integra a Unidade de Conservação Parque Estadual da Mata da Pimenteira, em Serra Talhada, está prestes a ser loteada e pode se transformar em área de lazer para um pequeno grupo de privilegiados.

O alerta é de um ambientalista serra-talhadense, que procurou a redação do Farol, neste final de semana, preocupado com o parque que foi criado em janeiro de 2012.

Segundo ele, tanto o Instituto Agronômico de Pesquisa (IPA) como o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe) teriam interesse no loteamento da terras.

“Estão fazendo um assentamento nas terras da Fazenda Saco IPA, portanto em terras públicas, e é bom que se diga com uma porção de gente que reside na cidade e nada tem a ver com a Fazenda Saco, que pode trazer danos ambientais ao primeiro parque estadual de mata da Caatinga do estado de Pernambuco. Essa aludida fazenda agora é palco de uma ocupação de glebas restante de terra que deveriam ser inseridas no mesmo Parque para preservação, dada a serem coladas, e por se tratar de terras virgens e em regeneração à décadas”, alertou o ambientalista, pedindo anonimato.

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Preocupado, o ambientalista também informou que caso isso aconteça, as pessoas que podem ‘ganhar’ as glebas, não estariam preocupadas com a preservação ambiental.

“São pessoas estranhas à Fazenda Saco e que não irão utilizar essas terras para delas tirarem seu sustento e sim fazerem chácaras de veraneio de finais de semana. Vale dizer também, que na primeira parte de assentados em terras que já eram consolidadas (desmatadas) já se fala em venda de lotes recebidos, o que leva a crer que se nada for feito e com urgência, para por um freio nessas ocupações sem nenhum critério técnico ambiental, a Mata da Pimenteira sofrerá severos danos, pois já está havendo desmatamentos radicais nas glebas de terras já repassadas por esses mesmos órgãos”, reforçou o denunciante.

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A reportagem não localizou os representantes do Ipa e Interpe em Serra Talhada para comentar o assunto.