Por Giovanni Sá, editor do Farol

Constantemente tenho lido aqui no FAROL comentários de leitores insatisfeitos com a postura do deputado federal licenciado Sebastião Oliveira, e, por tabela; rotulando o republicano de arrogante e prepotente’, além de outros adjetivos que jogamos na lata do lixo. Mas o que chama a atenção é o discurso dos saudosistas que insistem em comparar a postura do ex-deputado Inocêncio Oliveira, presidente de honra do PR, com a performance de Sebastião Oliveira.

Tenho dito e repito que não há como fazer comparações. A esteira do tempo separou os dois e isso é natural. São gerações distintas com comportamentos e pensamentos distintos. Dizer que Sebastião é arrogante por marcar posição mais agressiva na oposição contra o governo Duque ou por não atender o telefone quando um aliado mais necessitado deseja, é subjetivar o debate.

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Quem não se lembra, por exemplo, da postura do ex-deputado Inocêncio Oliveira durante o governo do ex-prefeito Augusto César (1993/1996) que em declarações à revista Veja, admitiu que iria lutar para bloquear recursos para Serra Talhada porque poderiam trazer dividendos políticos para o seu adversário? Isso, sim; é arrogância e prepotência de primeira linha.

Diferente do que prega o prefeito Luciano Duque, de que Sebastião Oliveira faz ‘o choro dos derrotados’, acredito que o deputado faz o seu legítimo papel de oposição num vácuo criado desde 2013. Também, neste ponto, há diferenças entre Inocêncio e Sebastião.

O ex-cacique apostava mais no varejo, nos tapinhas nas costas em busca das tão cantadas’ mil obras’. O atual presidente do PR não se conforma em ficar apenas no varejo. Vem trabalhando no atacado atraindo obras importantes para Serra Talhada como o aeroporto e a estrada de Bernardo Vieira, entre outras. Mas, acreditem: silenciar sendo um âncora da oposição é pecado mortal. E o deputado garante que é católico e temente a Deus. O resto é fuleragem!