Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 18h27 desta segunda-feira (26)

O movimento “Onconlogia Já” que pede o credenciamento de uma clínica particular de Serra Talhada ao SUS para oferecer tratamento contra o câncer na cidade, conseguiu mobilizar autoridades do executivo municipal, estadual e do legislativo nesta segunda (26), no plenário da Câmara de Vereadores de Serra Talhada, no Centro.

Um dos debatedores foi o deputado estadual Augusto César (PTB), que fez um dos pronunciamentos mais fortes no sentido de denunciar um viés político que estaria travando a discussão, mesmo quando o hospital oferece as condições técnicas necessárias para o convênio, conforme alerta o movimento.

Após a audiência, Augusto levou este debate para o programa Frequência Democrática, na rádio Vilabela FM, quando disse que existe uma espécie de “ordem política” do governo Paulo Câmara para que o serviço não seja garantido ao hospital do médico Nena Magalhães.

“Esse serviço poderia ser em qualquer outra cidade que apresentasse as condições necessárias para que o serviço fosse implantado. Poderia ser em Floresta, em Afogados, em Santa Cruz… Em qualquer uma. Serra Talhada por ser um polo médico, agrega a si as condições necessárias e com todas as exigências feitas pelo Ministério da Saúde e pelo estado, porque eu vi hoje todos os documentos aprovando todas as exigências”, disse Augusto César, acirrando o tom do debate:

“E, de repente, chega uma contra-ordem política para que o serviço de oncologia seja recuado no sentido de começar a funcionar, para que não libere a sua implantação, para que aguarde o início das obras do Hospital Geral do Sertão, que sabe-se lá quando irá começar as obras. O governo muda para o ano, então quando essa obra vai terminar e quando vai começar a fundação (do hospital). Eu não sei!”.

Augusto disse que existe ‘ordem política’ para barrar o credenciamento 

EVENTO PROVOCA DEBATE

Além de Augusto, participaram da audiência pública desta segunda (26), o prefeito Luciano Duque, o deputado estadual Rodrigo Novaes, vereadores, a diretora da 11ª Geres (Gerência Regional de Saúde), Karla Millene, a secretária municipal de Saúde, Márcia Conrado, o proprietário da clínica São Francisco Nena Magalhães, o médico responsável pela clínica de oncologia Rogério Brandão e representantes do movimento “Oncologia Já”.

Entre as discussões, ficou evidente o clamor de se diminuir as distâncias que hoje percorrem, rumo a outras cidades, dezenas de serra-talhadenses e pessoas da região em busca de tratamento para o câncer.

Com isso, o principal argumento é que o serviço ofertado em Serra Talhada vai mitigar o sofrimento de muita gente, que poderá se tratar em sua terra natal e perto de seus familiares.

Outro enfoque bastante claro nas falas dos debatedores, é de que o movimento não vai parar até que o governo do estado dê um resposta positiva ao credenciamento do Hospital São Francisco ao SUS.

Em conversa com o FAROL, nesta segunda (26), representantes do movimento “Oncologia Já” adiantaram que irão se reunir nos próximos dias para preparar novas agendas de reivindicação.

Dentre elas, há o planejamento de realizar audiências públicas também em outros municípios e levar a discussão ao plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), com a possibilidade de convocação do secretário estadual de Saúde, Iran Costa.

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