Por Giovanni Sá, editor do Farol de Notícias

Publicado às 04h56 desta segubda-feira (4)

Há coisas na política que nem mesmo a ciência explica. Uma delas, é a carapuça utilizada por alguns candidatos para conquistar os seus objetivos. A velha tese dos fins justificam os meios.

Cito como exemplo o honrado Capitão Jair Messias Bolsonaro, do PSL, uma espécie de ‘divindade’ para os seus seguidores e admiradores.

Bolsonaro é pré-candidato à presidência da República, mas o seu passado lhe condena. Explico: Há 19 anos, durante entrevista ao programa Câmera Aberta, ele foi questionado se fecharia o Congresso Nacional se fosse presidente da República. Atentai bem a sua resposta.

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“Não há menor dúvida, daria golpe no mesmo dia! Não funciona! E tenho certeza de que pelo menos 90% da população ia fazer festa, ia bater palma, porque não funciona. O Congresso hoje em dia não serve pra nada, só vota o que o presidente quer. Se ele é a pessoa que decide, que manda, que tripudia em cima do Congresso, dê logo o golpe, parte logo para a ditadura”, afirmou.

Na mesma entrevista, de 1999, afirmou que não acreditava que houvesse solução por meio da democracia e defendeu a morte de “30 mil”, incluindo a de civis e a do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

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“Através do voto você não vai mudar nada nesse país, nada, absolutamente nada! Só vai mudar, infelizmente, no dia em que partir para uma guerra civil aqui dentro, e fazendo o trabalho que o regime militar não fez. Matando uns 30 mil, começando pelo FHC, não deixar ele pra fora não, matando! Se vai morrer alguns inocentes, tudo bem, tudo quanto é guerra morre inocente.”

Seis anos antes, Bolsonaro já havia pregado a ruptura institucional, dessa vez em reuniões com militares nos Estados da Bahia e Rio Grande do Sul e em discursos no plenário da Câmara.

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Em outra oportunidade, Messias Bolsonaro, durante discurso em plenário, defendeu com unhas e dentes o regime ditatorial. “Sou a favor sim de uma ditadura, de um regime de exceção, desde que esse Congresso Nacional dê mais um passo rumo ao abismo, que no meu entender está muito próximo”.

O que este senhor deseja buscando votos e vendendo ilusões?