nicolasmaduroOs chanceleres da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, países fundadores do Mercosul, anunciaram nesta sexta-feira (2) que comunicaram a Venezuela de sua suspensão do bloco, segundo comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores da Argentina.

Nesta quinta-feira, a Venezuela completou quatro anos de adesão ao Mercosul, e este foi o prazo máximo dado ao país pelos outros membros para que os venezuelanos cumprissem todas as normas de adesão. “No dia de ontem foi analisado o estado de cumprimento das obrigações assumidas pela Venezuela, constatando-se o estado de descumprimento”, diz a nota.

Mais cedo, antes da divulgação do comunicado, a ministra de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, disse em sua conta do Twitter que o país não foi suspenso do Mercosul, reagindo a notícia da decisão pela suspensão, que foi antecipada nesta quinta pelas agências de notícias Reuters e France Presse, citando fontes ligadas ao bloco.

Veja também:   Márcia entrega 1ª etapa do mercado público nesta 2ª
A Venezuela foi admitida no Mercosul em 2012, em uma manobra dos governos de Dilma Rousseff e Cristina Kirchner, da Argentina. Depois da suspensão temporária do Paraguai, causada pelo impeachment do ex-presidente paraguaio Fernando Lugo, Brasil e Argentina convenceram o Uruguai a acelerar a admissão da Venezuela, que só dependia da aprovação do Congresso paraguaio.

O país entrou oficialmente no bloco em dezembro do mesmo ano e, depois de ser readmitido, o Congresso do Paraguai, em uma negociação tocada pelo presidente Horácio Cartes, concordou em aprovar sua admissão para regularizar a situação.

A Venezuela, no entanto, descumpriu a maior parte dos prazos de adesão ao bloco, especialmente nas questões econômicas. O problema foi a solução encontrada por Brasil, Paraguai e Argentina, para evitar que o país assumisse a presidência pro tempore do bloco em julho deste ano, como deveria ter acontecido, e abriu caminho para a suspensão.

Veja também:   Estudante de ST não resiste e morre após AVC

Leia mais no G1 Mundo