Francisca Lopes disse que a situação no Sítio Furquilha, zona rural do município, piorou há cinco anos e precisou levar o gado para uma propriedade com abastecimento de água. “[Antes não queria sair] porque achava bom aqui, tinha água, a cacimba nunca secou, a barragem nunca secou e agora secou tudo. Nunca mais tivemos nada aqui, só capim mesmo. Só a pastagenzinha”, afirmou em entrevista à TV Asa Branca.
A falta de chuvas provocou o colapso da Barragem de Jazigo, que abastecia a região onde moram Francisca e Rosimário. O reservatório tinha capacidade para 15 milhões de litros de água, mas secou em 5 de abril deste ano, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac). A barragem fornecia água para pequenas irrigações de cerca de 400 famílias.
O diretor presidente da Apac, Marcelo Asfora, explicou que os meses de outubro e novembro são os mais secos no estado, quando chove menos. “Houve um acirramento da seca. O grau de seca aumentou. Praticamente todo o estado vive em condição de seca. Sendo que, 85% do estado está numa condição de seca”, afirmou.
Asfora disse ainda que as regiões do Alto Sertão, Alto Pajeú e praticamento todo o Agreste está na condição de seca excepcional, que é o nível mais alto do monitor da seca. “E a tendência nos próximos dois meses é que essa situação, realmente, venha a se agravar”, detalhou.
3 comentários em 5 anos de seca faz aposentada de ST colocar casa à venda: ‘vou sair para onde tem água’