augusto 2O deputado estadual Augusto César (PTB) garantiu, em entrevista à rádio Líder do Vale FM nesta terça-feira (5), que não há ilegalidade alguma nas emendas suas direcionadas para a realização de shows no Estado, nem nos contratos firmados junto à HC Produções, empresa de eventos que tem à frente um de seus filhos. A polêmica voltou à eclodir na cena estadual nesta terça, após matéria do jornal Folha de Pernambuco, onde diz que Augusto foi citado numa investigação do Ministério Público (MPPE).

De acordo com a reportagem (leia aqui), o MPPE ajuizou ações civis públicas por ato de improbidade administrativa, inclusive requerendo, em caráter liminar, o bloqueio de bens e valores de alguns deputados, dentre eles, o serra-talhadense. Dizendo não entender o ‘requente’ de uma polêmica que foi levantada em 2014, Augusto argumentou que não tem o poder de executar emendas para shows, função que fica a cargo do Governo de Pernambuco e lembrou que, como membro do legislativo, não tem acessos a licitações, nem contratos e garantiu que não alocou qualquer emenda com o objetivo de beneficiar a empresa do filho.

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“Quer dizer que o governo é quem vai executar (as emendas parlamentares), eu não pego em dinheiro, não faço licitação de nada. Alocamos (verba) para a (Fundação) Altino Ventura, a AACD, e para diversas instituições e que eu não tenho qualquer interferência. Meu filho tem uma empresa que é dele, a empresa é dele, ele é de maior. Ele se credenciou junto à Empetur e órgãos que ele tinha participação ou lá (na Empetur) ou na Fundarpe, mas na verdade a empresa tem a sua identidade e idoneidade. Quem oferece as oportunidades e usa as emendas não somos nós. Quem usa e quem faz os contratos é o Governo de Pernambuco. Portanto eu quero dizer que, se meu filho tinha um cardápio de 30 ou 40 artistas ou bandas e uma delas é contemplada para show na cidade A ou B, aí fica na relação entre a empresa HC produções e a Empetur em contrato”, argumentou Augusto César, reforçando:

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“Não tenho participação absolutamente em nada (no processo licitatório). Então, fiz as emendas para Pernambuco e não para o meu filho. Isso é verdade! Mas como ele exerceu contrato com a Empetur junto a diversos parlamentares e instituições, isso não quer dizer que todo deputado que fez emenda foi para beneficiar o filho de Augusto César. Em momento nenhum determinamos que beneficiasse A ou B, para se ter uma ideia, as emendas que foram colocadas até hoje não foram pagas, ou seja, quando se diz que o deputado Augusto César tem que devolver dinheiro, das emendas dele, a empresa HC nunca recebeu esse dinheiro ainda. Então, isso é uma injustiça que está acontecendo não só com ele (seu filho) mas com todas as produtoras. O governo tem um débito com as produtoras e o shows foram realizados, atestados e revisados pela própria Empetur”.

PIROTECNIA 

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O ex-prefeito de Serra Talhada considerou a denúncia do Ministério Público como pirotecnia, já que é um assunto para ele “requentado” de dois anos atrás. “Tudo o que está se processando hoje é pirotecnia, é apenas balão de ensaio, não é nada que venha macular minha imagem. O fato de ser meu filho não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não é necessariamente falcatrua e tão pouco enriquecimento ilícito. E tudo foi feito dentro da legalidade. O que está vindo à tona é aquilo de 2 anos atrás, tudo isso foi requentado. A gente não foi nem citado ainda (pela Justiça). Soubemos apenas pela imprensa. Eu não sei porque esse caso voltou à tona agora e eu não quero vincular a alguma ação política. E vamos fazer nossa defesa com toda tranquilidade, minha vida é uma caixa aberta. Eu não tenho enriquecimento ilícito e tudo o que adquiri na minha vida foi antes de ser parlamentar. Isso não tem perigo”.