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Luzes que se apagam misteriosamente. Portas que se fecham sozinhas. Risos de crianças. Vozes no meio da noite e animais que aparecem e desaparecem repentinamente nos corredores. Um clima de mal assombro ronda o campus da Uast/UFRPE, especialmente durante a noite.

Neste domingo (03), o FAROL lança a primeira reportagem de uma série chamada Lendas Urbanas de Serra Talhada, onde iremos trazer depoimentos de pessoas que vivenciaram episódios considerados sobrenaturais na cidade. Quem assina o texto e as fotos deste domingo é a nova estagiária do Farol, Jamilys Nogueira.

 LENDA URBANA: Quem tem medo da Uast?

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Marcelo Rodrigues, 61 anos, é auxiliar administrativo na Uast há cinco anos e um dos conhecedores das lendas que permeiam os corredores da universidade. Ele conta que, certa vez, um companheiro de trabalho, durante rondas nas salas, foi apagar algumas luzes após o término das aulas, quando foi surpreendido por uma voz do ‘além’, que sussurrou: ‘essa porta eu fecho’.

“E ele estava sozinho no local. Não tinha mais ninguém lá. Os seguranças contam que veem coisas estranhas porque toda vez que a gente sai, eles vão olhar de sala em sala para desligar algum ar-condicionado ou tirar as coisas da tomada. E aí é nessas horas que essas coisas acontecem”, contou Marcelo Rodrigues, em tom de suspense. Já a universitária Ingrid Wolff, 26 anos, conta que corre na Uast a lenda de um velho misterioso e de risos de crianças durante à noite nos corredores.

Marcelo Rodrigues relatou fenômenos ‘estranhos’ nos corredores da Uast

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“A conversa é que esse velho fica andando à noite no bloco 2, no último teto do bloco. O pessoal comenta isso desde 2012. Os guardas da universidade também dizem que há uma criança e um homem puxando um jumento. As luzes do bloco 2 apagam sozinhas, eu já vi e já saí correndo. Agora, não sei se apagam por ser um fenômeno sobrenatural ou mal contato”, relatou Ingrid, revelando uma experiência pessoal:

“Outra vez, quando fui subindo o primeiro lance de escada e a luz apagou de repente, mas só apagou daquele corredor onde eu estava, as outras luzes, em baixo e em cima dos outros andares ficaram acesas e só as luzes da escada onde eu estava foram apagadas de repente. Com medo, desci correndo e fiquei esperando o professor”. O FAROL também conversou com outro funcionário da Uast, Fábio, 41 anos, que se recusou a dar seu sobrenome.

Durante à noite, o campus da Uast estimula clima de mistério e mal assombro

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Apesar de demonstrar-se mais cético diante os ‘fenômenos’, ele fala sobre a aparição de defuntos na Uast. “Aqui (o campus) era uma região deserta, abandonada e de vez enquanto apareciam defuntos, aí tem que gente que tem medo dos mortos e vê situações que sua mente cria e recria visualmente. A psicologia, ela explica que isso é o temor interno que você tem alucinações de algo que não existe”, analisa Fábio, complementando:

“O que não pode passar de uma mera ilusão. A pessoa está só, um grilo canta, você andando… uma pedra corre, aí, você diz: ‘tem gente atrás de mim!’ Ou diz: ‘tem alguém atrás da porta!’. Então isso tudo pode ser só psicológico. Eu não estou dizendo que acredito e nem que não acredito. Fico em cima da balança”.

As lendas sobre assombrações dentro do campus da Uast deram motivos até para a criação de um curta-metragem. Abaixo vocês podem assistir a um vídeo produzido pelo professor Daniel Figueiredo juntamente com alunos do curso de Letras da Unidade Acadêmica de Serra Talhada. O documentário se chama: ‘Quem tem medo da Uast?”.

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QUEM TEM MEDO DA UAST?