LUPAAs contas do ex-prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro, relativas ao exercício de 2007, não foram votadas nessa segunda-feira (14) porque não houve quórum suficiente. Dos 15 parlamentares faltaram 6: Gilson Pereira, Vera Gama, Dedinha Inácio, Leirson Magalhães, Márcio Oliveira e Edmundo Gaia.

As contas foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a retirada de pauta causou revolta em plenário. Logo após o presidente Agenor de Melo Lima ter anunciado o adiamento da votação, integrantes do Movimento Acorda Serra se retiraram em protesto.

“Pense numa esculhambação e fuleragem essa Câmara. Dá pra levar a sério esses senhores que nos representam? Não. Só tenho uma palavra para isso: Vergonha”, disparou o policial civil, Cornélio Pedro, um dos líderes do movimento. O Acorda Serra torce para que os vereadores sigam a orientação do TCE e reprove as contas de Evandro, onde mais 11 pessoas estão envolvidas. Inclusive, com o pedido de devolução de recursos.

REVOLTA

Mas também houve revolta entre os vereadores presentes. O petista Sinézio Rodrigues se encontrava em Salvador (BA) e fez uma ‘manobra’ para chegar a tempo para votar. “Estou aqui porque tenho obrigações com o povo que represento e não posso fugir da minha responsabilidade. Estava em outro estado e só Deus sabe o que fiz para estar aqui para votar as contas do ex-prefeito. O meu voto já está decidido e um representante do povo não pode se ausentar num momento como esse”, disparou.

Já o vereador Zé Raimundo criticou a ausência dos colegas, mas também ‘desceu a ripa’ no Movimento Acorda Serra. “Não existe mais Acorda Serra ou Dome Serra porque ninguém será pautado por ninguém ou qualquer movimento. Há coisas que não se justificam e cada um deve responder pelos seus atos. Fiquei sabendo agora que as contas não seriam votadas por falta de quórum”, declarou Raimundo. Também protestaram os vereadores Pinheiro do São Miguel e Manoel Enfermeiro. Há uma expectativa que as contas de 2007 sejam votadas na próxima segunda-feira (21).