Foto: Farol de Notícias / Alejandro García

A seleção simplificada para contratações na Secretaria de Educação de Serra Talhada ocorrida recentemente pode virar caso de Justiça por interferência política e indicações de vereadores.

A denúncia é da moradora da Fazenda Cacimbinha, Maria Leidiane da Silva Aquino, 30 anos, que procurou a redação do FAROL para relatar sua indignação com a forma que percebeu o processo.

Segundo ela, por indicação de vereadores da cidade, pessoas desclassificadas e com baixa pontuação estão ficando com os cargos em lugar de outros concorrentes que foram aprovados e que obtiveram notas maiores.

“Eu fiz uma teste seletivo na área da educação para merendeira e no mínimo eles pediam 50 pontos, e eu tirei 37. Mas tem uma indicada de um vereador que tirou quatro pontos e está trabalhando, enquanto eu fiquei para trás. Como é que pode? Estou me sentindo injustiçada”, desabafou Maria Aquino, reforçando:

“Essa indicada tem apenas 4 pontos, enquanto existem outros com 40, 46 pontos e foram desclassificados, mas ela saiu vitoriosa para ter o trabalho. Eu dei aula para o programa Paulo Freire, tenho curso de computação, já fiz cursos de auxiliar de serviços gerais, de limpeza e alimentos para atender os alunos e tudo isso soma pontos”.

MINISTÉRIO PÚBLICO

Maria Aquino afirmou que irá acionar o Ministério Público para averiguar o caso e pediu que o secretário de Educação, Edmar Júnior, tomasse providências diante a denúncia.

“Disseram ao secretário Edmar Júnior que iriam acionar a Justiça por conta disso e ouviram ele dizer que não fizesse isso que iria complicar o lado dele. Eu quero que Edmar Júnior faça o certo. Eu vou por na Justiça sim!, não só por mim, mas por todos os 800 que ficaram de fora, porque a primeira classificada ficou com 95 pontos e já tinha 801 pessoas na frente dela, eu não sei nem se ela foi chamada”.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL tentou várias vezes conversar com o secretário Edmar Júnior, por telefone, mas não houve retorno das ligações.