cpi-faculdadesApós nove meses de investigação, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura a atuação irregular de 17 estabelecimentos de Ensino Superior de Pernambuco pedirá, nesta quinta-feira (02), ao Ministério Público Federal (MPF), o indiciamento de 16 pessoas, entre sócios e diretores, das instituições acusadas de ofertar cursos fantasmas, sem o credenciamento do Ministério da Educação (MEC). As investigações apontaram os crimes de propaganda enganosa, sonegação fiscal, falsidade ideológica, estelionato e associação criminosa.

Além de envolver diversos municípios do Estado, sendo a maioria no Interior, o esquema também esteve no Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Aproximadamente 20 mil pernambucanos foram prejudicados.

Presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a deputada Teresa Leitão afirmou que a CPI constatou quatro tipos de irregularidades. “Entre elas estão faculdades que ministram curso de extensão, sob forma aparente de graduação, estabelecimentos que utilizam indevidamente instalações físicas da rede pública estadual e municipal”, detalhou a deputada.

Ela ainda ressaltou que será feita uma recomendação ao MPF para adotar medidas judiciais e extrajudiciais às instituições na manhã desta quinta-feira. A estudante Ivete Maria de Andrade, 45 anos, descobriu a farsa quando solicitou uma declaração da faculdade para estagiar em uma empresa. “Perdi mais de R$ 8 mil.”

 

Da Folha de Pernambuco