O prefeito Carlos Evandro aproveitou a reunião realizada com os professores, na semana passada, para soltar um desabafo com relação ao impacto causado nas contas públicas por conta do pagamento de precatórios (dívidas trabalhistas deixadas por ex-gestores). Segundo o prefeito, todos os meses são pagos cerca de R$ 185 mil que poderiam estar sendo investidos em saúde e educação.

“Não é brincadeira. Nestes quase oito anos de governo foram pagos em torno de R$ 10 milhões de precatórios. É dinheiro que poderia estar sendo aplicado em programas sociais”, desabafou Evandro. Ele não se intimidou em alfinetar ex-prefeitos que não fizeram o dever de casa e deixaram, segundo ele, o “pepino” em suas mãos.

“Só um deles deixou 6 meses de salários atrasados e um outro deixou dois meses. Ou seja, pago um ano de salários atrasados de outras gestões”, disse Carlos Evandro, meio entristecido, referindo-se as administrações dos ex-prefeitos Augusto César (PTB) e Geni Pereira (PSB) – aliados do seu adversário Sebastião Oliveira.

MAIS PRESSÃO

A pressão aumenta contra os atuais prefeitos que precisam fechar suas contas até dezembro. Como se não bastasse os precatórios, o Governo Federal prorogou até outubro a redução no Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de automóveis. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), isso vai gerar um impacto negativo de R$ 1,6 milhão na cota do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os prefeitos do Pajeú estão reunidos em Afogados da Ingazeira, nesta sexta-feira (31) para debater o assunto.