Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Após o quinto dia consecutivo da greve dos caminhoneiros que paralisa o Brasil, o comércio de frutas e legumes de Serra Talhada, começa a dar sinais de que “a partir deste sábado (26) a cidade poderá começar a sentir os efeitos da crise”.

Quem faz essa afirmação é o comerciante Nairon, que há 15 anos trabalha vendendo os seus produtos no Pátio da Feira Livre de Serra Talhada, e que conversou com a reportagem do FAROL na manhã desta sexta-feira.

“Por enquanto a gente tá vendendo porque tinha no estoque, mas a partir deste sábado a coisa complica. Alguns carros que iam viajar não foram, e os que foram retornaram de Lagoa Grande -PE (bloqueio na BR – 428), e mesmo que conseguissem carregar não conseguiriam voltar. E também tá faltando produtos na Ceasa (Petrolina – PE)”, lamentou o feirante.

Veja também:   Colisão com viatura policial deixa jovem ferido em ST

Ainda segundo o feirante, alguns produtos já irão faltar na próxima segunda-feira (28), entre eles, a batata inglesa e a cenoura.

“Tudo indica que a partir de segunda-feira só teremos algum produto se for da região, que pode ser comprado aqui, como a cebola, o tomate, o coentro. Mas as coisas que vêm de fora, como a uva, maça, a cenoura, a batatinha, a beterraba, a gente não têm previsão. A batatinha e a cenoura devem ser os primeiros produtos a faltar, elas são cultivadas no Sul da Bahia, em Barreiras e em Capim Grosso, e lá na região os protestos estão muito forte”, disse o comerciante, que antes de encerrar a entrevista alertou para o fato de que a batatinha já começa a ser vendida em Serra Talhada com aumento.

Veja também:   'Gilson Malassombro' é morto a tiros nesta 5ª no Sertão do Pajeú

“Eu continuou vendendo a batatinha a R$ 3,00 (1 kg), mas já tem gente por ai vendendo a 5 kg”, confessou Nairon.