alagamentos-4Nesse domingo (30) o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), decretou estado de emergência, por um período de três meses, em função das últimas chuvas caídas na Capital do Xaxado. No decreto assinado pelo prefeito, pelo menos uma palavra chama a atenção. Nas considerações, Duque garante que houve um “dilúvio” no dia 29 de março e  a situação de emergência era necessária.

A reportagem do FAROL conversou com o gerente regional do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), Fernando Nogueira, que monitora as precipitações pluviométricas em Serra Talhada. Segundo Nogueira, no sábado (29) choveu 60 mm, e no domingo (31) 10,4 mm. “Foi um volume de chuvas absolutamente dentro do normal. Não houve exageros”, disse Nogueira, fazendo uma ponderação:

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“Os estragos que foram provocados na periferia de Serra Talhada foram por conta do crescimento desordenado da cidade. Muitas das saídas de água estavam bloqueadas. Fecharam o curso natural das águas. Ou seja, faltou uma fiscalização eficaz por parte da prefeitura para que isto fosse evitado”, declarou Fernando Nogueira.

CACHOEIRA II

Por outro lado há motivos para comemoração. Segundo o Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs), o açude Cachoeira II, que abastece Serra Talhada, recebeu quase 3 milhões de metros cúbicos d’água, só neste final de semana, e já conta com 7,8 milhões de metros cúbicos. Quase 30% da sua capacidade total.