O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), convocou a bancada do governo na Câmara de Vereadores para uma reunião à portas fechadas nesta sexta-feira (21).

Na pauta, uma rediscussão cobre a Taxa de Resíduos Sólidos (TCR), a popular ‘taxa do lixo’. Nos bastidores, há comentários de que pode haver um recuo quanto a base de cálculo da taxa.

Nessa quinta-feira (20), o prefeito concedeu entrevista a rádio Cultura FM, e comentou sobre à resistência da população em pagar o tributo e elogiou o movimento Acorda Serra, que admitiu a legalidade da cobrança.

Ainda durante a entrevista, Luciano Duque afirmou que o debate em torno do assunto deveria ser menos emocional e político e criticou os vereadores da oposição.

“A sociedade entende como abusiva, como absurda. Agora, eu não tenho solução sem um custo. Então, nós vamos discutir com os vereadores, vamos chamar os líderes do movimento Acorda Serra. A postura do vereador Gilson Pereira e Antônio de Antenor, fazendo proselitismo, indo pegar abaixo-assinado para mais uma vez promover um engodo e mais uma vez achar que pode mudar uma lei com um abaixo-assinado. Isso não é possível, a lei foi aprovada por unanimidade, há legalidade”, enfatizou Duque.

Ainda segundo Luciano Duque, a arrecadação com a TCR não paga metade do serviço e a sociedade tem que entender que ao pagar a taxa, está apoiando uma solução ambientalmente correta. Em determinado momento da entrevista, Duque ironizou. “O dinheiro que o governo administra é da sociedade, o dinheiro não cai do céu.”.

TAXA É NECESSÁRIA

Mesmo ‘alfinetando’ os parlamentares da oposição, o prefeito defendeu a TCR e disse que a taxa é necessária porque não há solução para um problema, sem custo

“Quando você agrega mais serviços, quando você tem um custo maior, esse custo é rateado com a sociedade. Assim funciona com outros serviços prestados por governos federal, estadual e municipal. A gente está vendo o governo federal aumentando os impostos de postos de combustíveis para tapar o rombo do orçamento da União. Nós estamos cobrando uma taxa para tapar rombo não, pelo contrário.  E com isso nós vamos conversar com os vereadores, construir consenso. Eu entendo o momento que o país vive e vamos apresentar o caminho”, reforçou.