Publicado às 03h45 desta terça-feira (3)

O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), quebrou o silêncio com relação a polêmica em torno da desocupação das praças e calçadas por parte dos camelôs.

Um grupo de cerca de 40 ambulantes resistem em deixar às ruas, porque não concordam com espaço criado pela prefeitura no Pátio da Feira.

Falando a uma emissora de rádio nessa segunda-feira (2), Duque alertou sobre a necessidade em deixar as calçadas livres, e apontou que os camelôs vêm agindo por ingerência político-partidária de adversários ao seu governo.

“Eu fico preocupado sim, porque os feirantes que estão dentro do pátio estão sendo prejudicados pelos que estão fora. E os que estão fora, quando a gente constrói uma solução não concordam. Então, é difícil diante de uma decisão do Ministério Público que proíbe, a lei é clara. As calçadas são para os transeuntes, para o cidadão, não é para o vendedor. Vamos sentar, dialogar, mas creio que não dá para a gente ficar todas as vezes construindo soluções e as pessoas ficarem se contraponto”, declarou o prefeito, acrescentando:

“Inclusive, eu lamento porque muitas vezes há o incentivo de pessoas do meio político, que não tem nada a ver com a categoria dos camelôs e que fica estimulando esse comportamento. A gente nunca fugiu ao diálogo, sempre construiu soluções e não tenha dúvida que a gente vai sentar e dialogar sobre o melhor caminho”.

As declarações de Luciano Duque foram apontadas para o ex-vereador Ari Amorim, presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em Serra Talhada e pré-candidato a deputado estadual.

Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Marcos Oliveira, em conversa com o Farol, enviou um recado mais duro para os camelôs que se recuam a ocupar o pátio em barracas padronizadas pela prefeitura.

“A prefeitura cumpriu com seu compromisso com a ampliação e fornecimento de barracas, a nossa pauta é administrativa e não política como alguns querem colocar. Não admitiremos que o caos volte as ruas de Serra Talhada. É do conhecimento de todos que os produtos como frutas, verduras, e outros têm um local apropriado para a comercialização que é o Mercado Público é o Pátio da Feira. Não é justo deixar pessoas comercializando nas ruas.e calçadas, local destinados ao trânsito e ao pedestre, ferindo o direito da acessibilidade e fazendo uma concorrência desleal com aqueles que estão cumprindo a lei”, finalizou Oliveira.