O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, afirmou que não tem como justificar altos gastos com locação de veículos e máquinas dentro da Secretaria de Obras de Serra Talhada. Pelo, contrário. Na visão do gestor, quem deveria prestar contas disso é a própria população que saiu beneficiada com ações na zona rural.

De acordo com levantamento realizado pelo FAROL, cujos dados estão disponíveis no site da prefeitura, no período de janeiro a outubro deste ano a Secretaria de Obras pagou R$ 214.064 na locação de veículos para uso da própria Secretaria. Em média, R$ 20 mil por mês no pagamento de aluguéis.

Mas as “turbinas” da equipe de Obras estão a todo vapor quando o assunto é locação de máquinas pesadas, tratores de esteira e outros veículos de grande porte. Neste mesmo período, saíram do caixa da prefeitura R$ 648.525. Ou seja, foram mais de R$ 800 mil só para pagamento de locação de veículos e máquinas para uma única Secretaria.

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Durante entrevista a Rádio A Voz do Sertão, recentemente, o prefeito não comentou sobre os mais de R$ 200 mil pagos pela Secretaria de Obras no período de janeiro a outubro de 2013 somente com locação de veículos, atendo-se apenas aos aluguéis de maquinário pesado para a zona rural.

Este ano, Luciano foi taxativo em muitos dos seus discursos ao dizer que o município dispõe, agora, de uma patrulha mecanizada própria. O que, teoricamente, evitaria a prática de aluguel de tratores e outros equipamentos do tipo. Por outro lado, o gestor também reconhece que 2013 foi um ano mais de preparação de projetos e menos de execução de obras.

“Eu queria que o cidadão (FAROL) perguntasse isso aos agricultores que pedem para a gente limpar um barreiro, que dizem: ‘salvem meu rebanho’, que vêm pedir para cavarmos um buraco para salvar os animas dele. Então, teve que se gastar mesmo. Mas justificar isso, eu não tenho como justificar. Quem tem que justificar isso é o povo que precisou”, se esquivou Luciano Duque, disparando:

“É muito fácil para o cara que está aqui na cidade, que não conhece o sofrimento do homem do campo, é muito fácil afirmar que a gente está gastando muito.”