Nesta reta final de ano o prefeito Luciano Duque (PT) fez uma ingerência radical na Casa da Cultura. No último dia 9 de dezembro foi sancionada a Lei 1.561/2016 que reestruturou por completo a forma de administrar a instituição que existe há 30 anos. A mudança começa pelo nome. Ao invés de Fundação Casa da Cultura o equipamento passa a se chamar Fundação Cultural de Serra Talhada.

Mas as mudanças não param por aí. O prefeito criou três cargos comissionados com salários que variam entre R$ 7.500 e R$ 2.200 e nomeados pelo gestor. Antes, o presidente da Casa da Cultura era escolhido após uma lista tríplice enviada pelo conselho da instituição. Agora, o prefeito tem o poder de indicar o apadrinhado.

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Mas o projeto tem pontos positivos. A partir de 2017, a gestão terá que enviar balancetes mensais de prestação de contas da movimentação financeira à Prefeitura de Serra Talhada. Outro fator refere-se ao conselho fiscal, que era imutável e terá que mudar a cada dois anos.

PRESIDENTE ALEGA ‘GOLPE’

A lei caiu como uma ‘bomba’ no colo do presidente da Casa da Cultura, Tarcísio Rodrigues, que está à frente da instituição há 12 anos. Na opinião de Rodrigues, o prefeito deu ‘um golpe’ porque não comunicou nada a Casa da Cultura.

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“Foi um golpe… não tem outro nome. Luciano Duque deu um golpe na Casa da Cultura. Recebi esta lei somente hoje (terça-feira) quando estava preparando os convites para convocar o conselho para indicação da lista tríplice. O projeto tramitou na Câmara e ninguém disse nada. Só me resta fechar as portas da Casa da Cultura e entregar a chave”, lamentou Rodrigues, afirmando que a entidade ficará submissa às vontades do prefeito Luciano Duque.