À primeira vista, muitas diferenças se tornam mais evidentes entres as cidades de Recife – a Capital pernambucana -, Garanhuns – cidade das flores – e Serra Talhada – Capital do Xaxado. Desde o contigente populacional, clima, cultura, posição geográfica… Entretanto, sob o foco das eleições 2012, essa tríade pode guardar profundas semelhanças. Principalmente, se o foco do estudo repousar sobre a atuação do governador Eduardo Campos nesses três municípios.

A recente notícia de que o Partido dos Trabalhadores (PT) vai catapultar a pré-candidatura do secretário de Governo, Maurício Rands, para “sepultar” o desejo legítimo do prefeito João da Costa de tentar a reeleição, é um prova disso. A justificativa, segundo o próprio Rands, é que ele passou a se movimentar após receber ordens expressas do próprio governador Eduardo Campos.

Mesma justificativa utilizada pelo pré-candidato Sebastião Oliveira (PR), em Serra Talhada, garantindo que não recebeu um convite do governador, mas sim, uma convocação. “Ele (Eduardo) me chamou para uma missão”, revelou certa vez ‘Sebá’. Em Garanhuns o cenário  é mais desastroso. “El Rey” Eduardo I “importou” o prefeito da cidade de Lajedo, o Dourado, para ser o nome do PSB naquele município.

O que está visível em todos estes movimentos – incluindo também Petrolina – é que o governador está numa clara ofensiva de fragilizar e desmontar o Partido dos Trabalhadores no Estado. E pasmem! Nem todos os petistas estão conseguindo enxergar isso. Eduardo semeia discórdia no PT e em bases aliadas para colher frutos ao seu projeto pessoal.

Não é  atoa, por exemplo, que a “máquina” do Estado já começou a “moer” em Serra Talhada em favor de Sebastião Oliveira, tomando como exemplo os eventos “folclóricos” de assinatura de ordens de serviços. Entretanto, como dizem que em política as coisas mudam com a velocidade das nuvens, ainda é incerto o caminhar ‘vesgo’ de Eduardo Campos, rumo à presidência da República.