FAROL dá sequência a série de entrevistas com os nove candidatos ao Conselho Tutelar de Serra Talhada. A população poderá votar no dia 4, na Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada (Fafopst), das 8h às 16h, munidos do Título de Eleitor e RG ou qualquer outro documento com foto. O Conselho Tutelar lembra que só poderão votar aqueles que tiverem residência eleitoral no município. Acompanhe o depoimento de mais três candidatos diante a pergunta: “Por que você é candidato a Conselheiro Tutelar?”.

Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

CANDIDATOS A CONSELHEIRO TUTELAR EM SERRA TALHADA

20150924_171848Antônio Alves, 32 anos, chapa 4. “Na verdade eu não sou assistente social, mas tenho 32 anos e metade da minha vida foi voltada as crianças e adolescentes. Desde 1999 sou agente da Pastoral do Menor, coordenei por muitos anos a Pastoral do Menor no município de Serra Talhada, na diocese de Afogados da Ingazeira. Fui coordenador da equipe dirigente do EJC Bom Jesus, ECC da paróquia do Bom Jesus, fui catequista por mais de 10 anos. Fui candidato ao Conselho Tutelar em 2009, não obtive o êxito e fiquei na primeira suplência, em 2012 me candidatei novamente e fiquei na segunda suplência. Mas sempre que fui chamado dei minha contribuição e em 2015 penso em fazer diferente, acho que amadureci muito mais e com certeza darei uma contribuição muito melhor se assim eu for eleito. Têm atividades que a gente precisa fazer e que não precisa ter apenas boa vontade e querer fazer, é preciso estar preparado. Esse é o meu diferencial, tive a oportunidade de participar de todos os cursos que assim possível de 2009 para cá na escola de Conselho de Pernambuco. Tenho cursos de aperfeiçoamento para ser conselheiro tutelar, sou um dos poucos candidatos em Serra Talhada que têm esse curso. Meu diferencial é justamente esse, quero entrar para fazer a diferença e não ser apenas mais um conselheiro. Desde o programa Sentinela que eu sou membro da comissão de enfrentamento de abuso e exploração sexual em Serra Talhada”.

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20150925_095740Márcia Melo, 50 anos, chapa 1. “Eu trabalho na área social desde 2000 a 2005, eu trabalhei com crianças especiais e atualmente sou conselheira, esse é meu primeiro mandato desde 2012. Eu me candidatei há três anos e me candidato porque a experiência obtida como conselheira eu tenho muito a contribuir com a defesa dos diretos da criança e do adolescente. Eu já fiz parte de muitas capacitações, participei de alguns projetos e o que principalmente me motiva a continuar na luta são as negligências e muitos direitos violados. Quando os direitos das crianças e adolescentes são violados, eles deixam de ser cumpridos. Nós conselheiros adquirimos essas experiências por conta da necessidade da criança e do adolescente e muita coisa que nos marca são as violências domésticas. Para mim é uma das piores violações e quando recebemos denúncias e a criança chega com hematomas isso me marca muito e me motiva a continuar porque isso é uma luta que temos que travar sempre”.

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20150925_144245Vanessa Souza, 22 anos, chapa 5. “Eu ainda não trabalho na área do Serviço Social, eu estou concluindo agora o curso de graduação em Serviço Social e já trabalhei como professora interina em uma escola de Roças Velhas, no município de Calumbi. Eu me candidatei a conselheira tutelar porque eu me identifico muito com essa área, tanto que estou concluindo o curso e a área de crianças e adolescentes me chama bastante a atenção porque eu estagiei no Núcleo de Medidas Socioeducativas eu tive aproximação com a realidade dos adolescentes que vivem lá. Estagiei por três períodos, 1 ano e meio e vi muita negligência dos pais, as crianças e os adolescentes têm muitos direitos violados. E isso que me faz lutar pela causa, como professora eu dei aula a crianças e já gostava do trabalho com crianças e o que me motivou a ampliar essa visão foi o estágio. Eu presenciei mais a violação dos direitos de crianças e adolescentes, no núcleo e nas visitas domiciliares. É isso, eu acho que as crianças e adolescentes precisam de pessoas que acreditam nelas e não desistam delas. Há pessoas que só criticam, mas não procuram, todos têm que zelar pelos direitos e deveres das crianças e adolescentes, mas nem todos assumem esse papel”.

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