Fotos: Ednairan Guimarães/Farol de Notícias

Por Edinairan Guimarães, moradora e professora licenciada em História

O abandono do bairro Tancredo Neves, e o bairro como é conhecido ”Sem Teto” é de causar indignação. Cansada de ver reportagens que só mostram a parte violenta desses bairros resolvi mostrar o que tem dentro desses, que ao longo do tempo modifica a paisagem e são esquecidos pelos poder público, e que têm grande importância para a sociedade de Serra Talhada.

Os bairros cresceram ao entorno do 14°BPM Batalhão da Polícia Militar; o novo Fórum Estadual; a Escola Estadual Methódio de Godoy Lima; Escola Municipal Nossa Senhora da Penha; creche; igreja católica entre outras evangélicas; a pracinha de caminhada (em construção) e uma quadra de futebol de salão.

Dividindo os bairros está a ‘Avenida Triunfo’ que se tornou um pequeno centro comercial, surgiu também a Vila Universitária bairro ainda novo, mas que já possui uma infraestrutura melhor do que aqueles supracitados.

ESQUECIMENTO

Difícil uma semana que não mostre o lado negativo desses bairros – a violência – que só são mencionados nessas ocasiões. Não querendo dizer que não exista, mas sim, mostrando ao poder públicos e a sociedade de Serra Talhada que a nossas comunidades estão esquecidas.

A falta de infraestrutura e políticas públicas voltadas para tirar as crianças das ruas e jovens desempregados ociosos sem ter estudo e qualificação para o mercado de trabalho, deixam esses grupos à margem da vulnerabilidade que existe nas ruas, evidentemente só lhes resta a marginalidade.

Enfim, convido os políticos que estão no poder, e as pessoas de modo geral para tentarem dá uma volta a pé, de bicicleta ou de carro nos bairros, que com certeza sentirão na pele as dificuldades que os moradores enfrentam no seu dia a dia. Contudo, até a coleta do lixo se torna comprometida devido a falta de acesso.

Na minha residência já encontrei várias cobras e caranguejeiras, sem falar da paisagem que não agrada aos moradores, visitantes, e pessoas que frequentam o Fórum e outras instituições. Assim peço ao poder público que revejam ao menos a parte de pavimentação, a princípio, criando espaço para acessibilidade para pedestres, deficientes (cadeirantes) e transportes de modo geral.