Foto: Farol de Notícias / Max Rodrigues – Publicado às 13h12 deste sábado (21)

A pré-candidata ao governo do Estado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Marília Arraes, neta do ex-governador Miguel Arraes, reforçou a sua disposição em oficializar, futuramente, o seu nome na disputa ao governo do Estado em 2018, apesar do PT ainda sustentar a indefinição sobre a montagem da chapa majoritária para o próximo ano.

Falando ao programa Farol de Notícias, neste sábado (21) na rádio Vilabela FM, Marília foi instigada a dar uma nota ao governo Paulo Câmara e sapecou um 3, sentenciando: “Ele está de recuperação”. A pré-candidata realizou um breve diagnóstico da gestão do PSB em Pernambuco apontando falhas principalmente nas áreas de segurança e saúde.

A petista justificou dizendo que Câmara não é político e por isso não tem perfil de líder. “Ele não sabe gerir e vai na onda do momento”, sapecou. Ainda, na visão de Marília Arraes, Paulo Câmara estaria tentando enganar a população ao dizer que está contratando 1.500 policiais militares para reforçar a segurança pública, quando está prevista a concessão de aposentadoria para os próximos meses de 1.300 PMs no Estado.

“Então, ele está fazendo justamente o que deveria fazer para o quadro de violência aqui não piorar”, disparou. Marília lembrou ainda que Pernambuco vem sendo alvo de estudos Brasil a fora que atestam o avanço exorbitante da violência e a inoperância da gestão estadual em lidar com o problema. “Primeiro ele tem que assumir, ele ainda está delegando poderes aos outros. Ele ainda não assumiu o governo depois desse tempo todo”.

RESPOSTA A HUMBERTO COSTA

A vereadora também foi provocada a responder as declarações do senador do PT, Humberto Costa, que em entrevista à Vilabela FM nessa sexta-feira (20) relativizou o nome de Marília Arraes dizendo que o partido ainda não havia decidido sobre se vai mesmo arriscar candidatura própria no Estado.

Na fala de Humberto, o senador chegou a dizer que uma candidatura própria ao governo em 2018 seria “olímpica”, numa crítica à dificuldade que o partido poderia ter na atual conjuntura para bancar este projeto.

“Ninguém está aqui brincando de política. Eu tenho 10 anos de carreira pública e querendo ou não a gente representa a história de Miguel Arraes. Ninguém está brincando de fazer política. O PT se tiver candidatura vai ter candidatura pra ganhar e isso está incomodando muita gente. E se a nossa candidatura fosse olímpica, eles não estariam tão preocupados em retirar a candidatura do PT ao governo do Estado e nem preocupados em nos colocar como alvo de várias críticas. A candidatura tem crescido é pra valer e tenho certeza que a gente pode ganhar a eleição”.

USO DO NOME DE ARRAES

Marília Arraes também foi indagada sobre a possibilidade da pré-candidata se valer do nome da família para alavancar seu projeto em Pernambuco.

Segundo ela, o nome de Arraes transcende os laços partidários e até familiares, e por isso deve ser lembrando aonde for, principalmente, num contexto de campanha política.

“Sobre o uso da imagem de Arraes, eu quero dizer o seguinte: ele é uma figura conhecida no mundo inteiro por sua luta pelo socialismo pela democracia e justiça social. Eu já cheguei na China e me perguntaram por ele, no Chile e me perguntaram por Arraes, na Europa do mesmo jeito. Sua luta não é propriedade de uma família ou de um partido, mas propriedade de todo um povo, do povo de Pernambuco e com certeza o PT vai ter uma projeto correspondente a luta de Arraes, não por minha causa, mas porque estamos no mesmo campo político que Arraes militou e dedicou toda a sua vida. E se formos usar a figura dele, não será somente ele, mas também outras figuras que precisam ser lembrados nesse momento tão difícil da política brasileira como Gregório Bezerra, Brizola, são sim pessoas que transcendem as fronteiras partidárias e que são inspiração pra todos nós”.