bolsafamiliaApós determinação do Ministério Público Federal, cerca de 600 famílias do programa Bolsa Família estão sob a auditoria da secretaria de Desenvolvimento Social e Igualdade Racial e correm o risco de ficar sem o benefício, caso não estejam mais enquadrados no perfil.

Em conversa com o FAROL, o secretário da pasta, Josenildo Barbosa, informou que desse número pelo menos 200 são apontados pelo MPF como empresários, outros são servidores municipais, um doador de campanha e pessoas que já faleceram estão sendo rastreadas pelas secretarias. Josenildo ratificou que o fator determinante para a manutenção do benefício é a renda per capita das famílias.

“Existe sim um risco das famílias terem seus benefícios cancelados. O município ainda não teve nenhuma perca, a gestão ainda não tem percebido isso, só vamos ter certeza quando gerar a nova folha de pagamentos do mês. Pode ser que amanhã eu esteja lhe dizendo que recebemos algum corte. O MPF emitiu uma recomendação nº 2, no dia 18 de agosto e manda que os municípios façam uma revisão cadastral e mandam listas de pessoas. Em Serra Talhada tem uma pessoa que doou para campanha, pessoas que são servidores, o que eles chamam de empresários, mas são pessoas que fizeram o Microempreendedor Individual (MEI) e casos de falecimento”, detalhou o secretário.

Ainda segundo ele, há um desencontro de informações entre os programas federais e nas auditorias realizadas em Serra Talhada apontam que os nomes indicados pelo MPF não recebem mais o Bolsa Família ou estão dentro do perfil do programa de acordo com a renda familiar.

“Podemos nos surpreender, mas por enquanto o perfil das pessoas que estamos encontrando nesses ‘batimentos’, os empresário são feirantes, vendedores ambulantes, vendedores do mercado, mas que têm o MEI. Quanto aos servidores públicos não é crime algum um servidor que recebe um salário mínimo e tem cinco ou seis pessoas dentro de casa”, alegou Josenildo.