Por Giovanni Sá, Editor do Farol

Seria apenas uma história a mais na terra, se não fosse escrita pelo padre Custódio Francisco de Sá, meu pai, pai de sete filhos, avô e bisavô de netos. Após ficar viúvo, ‘seu’ Custódio que já foi um boêmio nos bons tempos de juventude, optou pelo celibato e adotou a humanidade como filho.

Ora, falar do ‘pai-padre’ é uma tarefa difícil. Afinal, como descrever um homem que aos 75 anos tem uma vida marcada em prestar serviços aos mais pobres? Um homem que aos domingos, ao invés de se limitar ao conforto do lar e da família, se dirige à zona rural de Serra Talhada e passa o dia pregando a palavra de Deus?

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Este é o meu pai. Meu farol, alicerce da família e meu guia. Como entender um gesto tão grande, se tinha todas as condições de optar por uma vida mais tranquila e, talvez, aos olhos dos homens, mais prazerosa?

Meu pai não é diferente porque é padre, meu pai é diferente porque ainda conserva sentimentos de solidariedade. Não esqueço dos abraços calorosos quando ainda era criança e nem tampouco esqueço das lapadas que levei quando quebrei um portão da minha casa. Meu pai foi humano até na hora de ser severo e duro.

Portanto, àqueles que ainda têm ao seu lado a figura do pai…ora, dê mais que um presente no dia de hoje, Dia dos Pais. Dê um testemunho de amor. Aos que já perderam seus pais, abram o baú de lembranças, ergam as mãos aos céus e façam uma prece silenciosa. Ser pai não é para qualquer um. Eis o meu pai como exemplo.

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Feliz dia dos Pais!