O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, e seu colega espanhol, Mariano Rajoy, advogaram nesta quarta-feira (26) em Montevidéu por um acordo político que permita a realização de eleições na Venezuela.

“A situação nesse país irmão [Venezuela] nos preocupa profundamente”, expressou Rajoy em coletiva conjunta que encerra a primeira visita de Estado do mandatário espanhol ao Uruguai.

Ao lado de Vázquez, Rajoy encorajou de forma enfática para “que devolvam ao povo venezuelano o direito à palavra”.

Depois expressou seu desejo de que cheguem “a um acordo político” para “a realização de eleições democráticas” no país.

Ambos os mandatários fizeram um pedido à contenção e lamentaram as mortes nos protestos contra o governo de Nicolás Maduro.

Rajoy pediu que “evitem a todo custo um confronto sangrento no país”. E continuou: “o objetivo principal – acrescentou – é evitar que as coisas se radicalizem”.

Vázquez lamentou “profundamente as mortes ocorridas na Venezuela” e reiterou a posição de seu país, contrário à aplicação da carta democrática que suponha a expulsão da Venezuela de organismos internacionais de integração.

“Não devemos isolar a Venezuela para que isto não desemboque em uma lamentável situação”, resumiu.

Na Espanha, o Senado exigiu nesta quarta-feira ao governo venezuelano que liberte “todos os presos políticos” e que restitua as competências do Parlamento.

A crise venezuelana distanciou Caracas do Mercosul, integrado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O bloco o país suspendeu como membro pleno em dezembro passado, depois de ingressar em 2012.

Além disso, vários países da Unasul (União das Nações Sul-americanas) pediram o “restabelecimento da ordem democrática” na Venezuela, depois que o Parlamento teve suas funções suspensas.

Do G1 Mundo