O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta quinta-feira (23) o ataque ao Parlamento britânico da véspera, que deixou quatro mortos, incluindo o autor do atentado, e 40 feridos. A informação é da Amaq News Agency, órgão de propaganda do EI. “O autor do ataque diante do Parlamento britânico é um soldado do EI e a operação foi realizada em resposta a um chamado para atacar os países da coalizão”, disse a nota da Amaq.

A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que o autor era britânico e já tinha sido investigado pela polícia por relações com o terrorismo. Esta é a primeira vez que os jihadistas reivindicam um atentado no Reino Unido, que é membro da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

Oito pessoas foram detidas em seis residências por suspeita de vínculos com o atentado. A polícia não divulgou informações sobre a relação dessas pessoas como terrorismo.

Com roupa preta e barba longa, o agressor teria atropelado diversos pedestres na calçada da ponte de Westminster e depois esfaqueado um policial que impediu sua entrada na sede do Parlamento, antes de ser morto a tiros pelos agentes. A principal hipótese da polícia é que ele tenha agido sozinho.

Na quarta-feira, a mídia britânica acusava o britânico Trevor Brooks, que se converteu ao Islã e trocou seu nome para Abu Izzadeen, como o homem responsável por realizar o ataque contra o Parlamento em Londres. De acordo com o jornal The Independent, ele é filho de jamaicanos e virou imã islâmico aos 18 anos. Era conhecido da Inteligência britânica desde 2006 por ser conhecido como um “pregador do ódio”, mas desde 2015 não era rastreado pelas autoridades.

Uma mulher se jogou da ponte de Westminster para se salvar do ataque, segundo a Autoridade Portuária de Londres, e foi resgatada com vida das águas do rio Tâmisa, com “graves ferimentos”. Ela recebe “tratamento de emergência” em um hospital da capital.

O atentado ocorreu no aniversário de um ano dos atentados que mataram 32 pessoas em Bruxelas, capital da Bélgica, em 22 de março de 2016.

Do Jornal do Brasil