Atualizado às 14h14 desta sexta (6)
Cerca de quarenta estudantes da Faculdade de Ciências da Saúde de Serra Talhada (Facisst) realizaram um protesto na noite dessa quinta-feira (5) contra o aumento de R$ 70 nas mensalidades do curso de Psicologia. A mensalidade que no ano passado era de R$ 530 passou para R$ 600. Os alunos realizaram um ‘apitaço’ e se recusam a bancar as matrículas caso a direção da autarquia não desista do aumento.
“Resolvemos marcar esse protesto aqui na frente da autarquia pelo aumento abusivo das mensalidades e por não estar tendo melhorias aqui na faculdade. Temos a clínica, que está sendo colocada em questão pela faculdade, que tem as despesas e tal. Mas é uma exigência do MEC e é uma exigência para que a gente do 9º período de Psicologia possamos atender à população sem fins lucrativos, outra questão é a mercantilização da educação, que também queremos ensino de qualidade, queremos melhorias na estrutura física da faculdade e queremos uma mensalidade justa”, disparou Andressa Renaly, estudante do 9º Período de Psicologia, arrematando:
“Nós queremos que continue o valor anterior ou uma redução do aumento. Caso isso não aconteça, ninguém vai entrar em sala de aula”. Já o estudante Danilo Guilherme Amorim, garante que a faculdade não oferece um curso de qualidade pelo valor que é cobrado.
“As salas não são climatizadas, a acústica é péssima, não tem data show, enfim, se continuar assim, o valor da mensalidade vai chegar a mil reais. Além disso, não existe projeto de iniciação científica”, desabafou Guilherme.
DIÁLOGO
Atenta às reivindicações dos docentes, a diretora da autarquia, Eliane Cordeiro, fez questão de abrir um canal de diálogo e ouviu todas as reclamações. Segundo a diretora, a maioria das reivindicações já estão em andamento, mas não garantiu a possibilidade de redução da mensalidade. “Eu não tomo decisão sozinha, porque existe uma congregação na autarquia. Vocês documentam os pleitos que vamos levar para a discussão”, disse a diretora, durante uma reunião com os alunos.
Segundo Eliane Cordeiro, ela assumiu a Autarquia Educacional de Serra Talhada (AESET) há apenas dois anos e encontrou vários problemas na pauta.
“Os alunos têm razão e muitos dos problemas relatados serão resolvidos. Mas não é do dia para noite. A climatização das salas, por exemplo, tenho que fazer uma subestação dentro da faculdade. Já está em licitação. E cada sala climatizada vai custar R$ 9 mil. Portanto, o aumento das mensalidades é necessário, porque também temos que valorizar os nossos professores”, explicou Eliane Cordeiro.
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