Da Agência Brasil

Devem ser anunciadas hoje (16) novas sanções por parte do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos contra a Rússia. A informação é da embaixadora dos Estados Unidos perante as Nações Unidas em Nova York, Nikki Harley. As sanções seriam uma resposta de Washington ao Kremlin, sob a alegação de que o governo russo estaria apoiando o uso de armas químicas pelo regime sírio contra civis.

O anúncio acontece depois de a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) afirmar que seu acesso a alguns locais na cidade síria de Duma, para confirmar ou não um ataque químico, não foi autorizado. Os inspetores chegaram à cidade de Duma no último sábado (14), para inspecionar se foram ou não usadas armas químicas no ataque do dia 7 de abril.

A informação foi divulgada via Twitter, na conta oficial da delegação britânica. “Acesso sem restrições é essencial. Rússia e Síria precisam cooperar”, diz o texto, acusando os dois países de impedir a acesso dos especialistas.

A Rússia alegou que o ataque aéreo de sexta-feira (13), realizado em conjunto por Estados Unidos, França e Reino Unido, em Damasco e em Holms, provocou a “demora” no acesso aos locais a serem inspeciados na cidade de Duma.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou que os inspetores não terão permissão para acessar o local até que tenham uma licença apropriada da Organização das Nações Unidas.

Kenneth Ward, o embaixador dos Estados Unidos na Organização para a Proibição de Armas Químicas, disse que militares russos estiveram no local do ataque de Duma dias antes de a Opaq chegar a Damasco e que suspeita de o local pudesse ter sido adulterado.

O ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, respondeu, em declaração à BBC: “Posso garantir que a Rússia não adulterou o local”. Lavrov defendeu ainda que o ataque a Duma foi forjado.