Publicado às 05h53

Cássio Nunes Lopes da Silva, filho do secretário de Infraestrutura do município de Mirandiba, Cassiano Lopes, realizou uma viagem a São Paulo com despesas pagas pela prefeitura. As informações estão no site do Tribunal de Contas do Estado (TCE) dando conta de despesa com passagens de quase R$ 900.

A reportagem apurou que Cássio não foi em missão oficial, mas acompanhar um menor durante testes para tentar emplacar num clube de futebol paulistano. A notícia recebeu o desagravo de setores da oposição a prefeita Rose Cléa Máximo, que ainda ‘patina’ tentando avançar em seu governo.

“A viagem de Cássio para São Paulo foi paga com dinheiro público. Isso mesmo! Conforme consta no documento da imagem, observa-se a utilização de dinheiro público para fins particulares, de uma pessoa que tinha plenas condições de custear tal passagem”, disse um dos integrantes da oposição, pedindo anonimato.

A oposição deve entrar com um requerimento pedindo a devolução dos recursos e também a punição da prefeita por liberar os recursos.

O OUTRO LADO

A reportagem do Farol entrou em contato com a assessoria de comunicação de Rose Cleá Maximo, que justificou a viagem e as despesa feitas pela prefeitura.

“A Secretária de Assistência Social Claudiana Campos, informa que o jovem citado foi amparado por um benefício eventual, parte de uma lei municipal, que na necessidade permite que o beneficiário busque o CRAS, a Assistência Social por sua vez executa um acompanhamento à família constatando a vulnerabilidade social do beneficiário, antes que seja destinado o benefício. Exatamente desta forma foi realizada a tramitação.”, diz um dos trechos da nota.

Ainda durante a nota, a Prefeitura de Mirandiba defendeu o filho do secretário, Cássio Lopes.
“O jovem Cássio, acompanhante, independente de ser filho de secretário, é pessoa de confiança da família do jovem menor e tem em mãos uma procuração que o autoriza a realizar o acompanhamento do jovem que obrigatoriamente necessita de um acompanhante por ser menor de idade.

Essa despesa foi executada conforme determina os princípios da administração pública da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, com parecer técnico da assistente social e total transparência.”, concluiu o governo.