Atualizado às 13:44 desta sexta-feira (3)

Há uma década que os escritores de Serra Talhada esperam a oportunidade de divulgar seu trabalho nas escolas do município. A Lei 1.105/2005, Lei do Livro, prevê em um dos seus seis artigos, adoção da literatura serratalhadense em projetos transversais, além da visita dos escritores aos colégios. A não aplicação da lei foi alvo de muitas críticas por parte de literatos da cidade, inclusive aqui no FAROL. Após muita pressão e cobranças dos escritores, o professor-pesquisador de história, Paulo César Gomes, terá seus livros circulando nas bibliotecas.

Para ele, um motivo de comemoração diante de tantas portas fechadas. Na tarde dessa terça-feira (30), o autor esteve no gabinete do secretário de Educação e entregou 200 exemplares, 100 da obra “D.Gritos: do sonho à tragédia” e 100 da obra “Um  outro Sertão”. O autor doou para a secretária 50 livros (Comercial: um clube imortal e os 10 assuntos que pais e adolescente não conversam em casa).

Segundo Paulo César, o valor arrecado será usado para o financiamento da publicação de um trabalho sobre uma importante personalidade da cultura regional. “Espero que outros escritores serratalhadenses também possam se beneficiar da lei do livro e que a produção literária da cidade seja de fato valorizada e reconhecida pelos órgãos competentes” finalizou Paulo César.

Em conversa com o FAROL, nesta sexta-feira (3), o secretário Edmar Júnior garantiu que a Lei 1.105/2005 vem seno cumprida com zelo desde o início da gestão do prefeito Luciano Duque. “Cinco autores já foram contemplados neste período. Independente de sermos acionados pela Academia Serra talhadense de Letras (ASL) como reza a lei”, afirmou Júnior.

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