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O pai do menino que foi encontrado na quinta-feira após seis dias desaparecido numa floresta no norte do Japão disse nesta sexta-feira (3) que a primeira coisa que fez ao reencontrá-lo foi pedir desculpas e admitiu que foi “longe demais”. A criança foi deixada para trás pelos pais como castigo porque estava se comportando mal.

“A primeira coisa que eu disse para ele é que eu sentia muito. Ele balançou a cabeça e disse ok, tipo, ele entendeu”, disse Takayuki Tanooka, segundo meios locais, do lado de fora do hospital em Hakodate onde seu filho Yamato, 7, está em atendimento.

Tanooka, 44, também pediu desculpas à escola, às equipes de resgate e a todos que apoiaram a família durante o período em que o menino ficou desaparecido. “Estou tomado por emoções”, disse, segurando as lágrimas. “Realmente, muito obrigado.”

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As autoridades japonesas encontraram Yamato na cidade de Shikabe, cerca de 20 quilômetros distante do monte Komagatake, onde foi visto pela última vez por seus pais.

Yamato Tanooka se encontra em um estado de saúde “relativamente bom” apesar de não levar água nem comida quando desapareceu, disseram fontes policiais à emissora estatal “NHK”.

Mais de cem agentes e bombeiros participaram das operações de busca da criança desde o sábado na região, na qual há ursos selvagens e onde os termômetros chegaram a marcar 7ºC.

Daisuke Suzuki/Kyodo News/AP

Militar mostra local em que Yamato ficou dormindo, dentro de instalação de treinamento militar em Shikabe enquanto esteve desaparecido

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Segundo o relato dos pais, eles obrigaram o menino a descer do carro no qual a família viajava por mau comportamento e o deixaram sozinho em uma estrada aos pés do monte Komagatake.

Apesar de ele ter corrido atrás dos veículos, os pais disseram às autoridades que o perderam de vista. Quando voltaram minutos depois ao local onde tinham deixado o filho, ele não estava mais lá.

Os pais, que demoraram duas horas para alertar as autoridades sobre o desaparecimento, afirmaram, num primeiro momento, que Yamato se perdeu enquanto eles colhiam vegetais na floresta.

Depois, reconheceram que o abandonaram como um castigo por seu mau comportamento.

O pai admitiu que a punição ao filho foi longe demais.

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“Nós o criamos em uma família amorosa, mas de hoje em diante faremos ainda mais para amá-lo e para mantê-lo perto enquanto ele cresce”, disse Tanooka.

“Nosso comportamento como pais foi longe demais, e isso é algo de que me arrependo muito. Pensei que estivesse fazendo algo para seu próprio bem, mas agora vejo que fui longe demais.”

Do Portal Uol