Duque - BrasíliaHá quase um ano e meio à frente da Prefeitura de Serra Talhada, o prefeito Luciano Duque (PT) abriu seu coração durante entrevista a Rádio A Voz do Sertão AM, nesse início de semana. Ele admitiu, de forma indireta, que vem enfrentando dificuldades na gestão pública.

Duque revelou que foram pagos cerca de R$ 12 milhões de débitos da administração Carlos Evandro e que boa parte dos problemas que está enfrentando é em função destes pagamentos.

“Quando eu assumi agi diferente de todos os gestores de Serra Talhada. Tinha folhas atrasadas e paguei as folhas atrasadas. Os outros gestores deixaram para precatório. Agir com responsabilidade fiscal não é fácil. O prato comido é esquecido. Se não tivesse pago salários atrasados, talvez hoje a minha situação na prefeitura fosse bem melhor. Estaria com dinheiro sobrando. Quando você quer corrigir os erros do passado e ajustar a gestão gera incompreensão”, lamentou Luciano Duque.

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Mas durante este período em que vem sofrendo duras críticas da bancada de oposição, uma vez que boa parte das promessas de campanha não saíram do papel, o prefeito petista também confessou que vem tirando lições da crise. “Você tem que aprender a dizer não. O gestor competente não é o que só diz sim. Ele vai criar um problema para o futuro e uma bolha dentro da gestão”, declarou Duque, citando o Instituto de Previdência como exemplo: “Na previdência, se criou uma bolha lá atrás e não se corrigiu a alíquota”.

DEBATE NA CÂMARA

Os restos a pagar herdados pelo prefeito Luciano Duque ainda repercutem na Câmara de Vereadores. Os parlamentares de oposição querem uma relação detalhada de todas as contas e valores pagos. Na última segunda-feira (19), o líder do governo, Manoel Enfermeiro (PT) também admitiu que a ‘herança’ ainda gera problemas para gestão petista.

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“Luciano Duque está pagando muitas coisas porque foi vice-prefeito na época. Teve uns problemas aí e teve que aceitar”, disse Manoel Enfermeiro, sem esclarecer os tipos de problemas.