Publicado às 10h07 desta quarta-feira (21)

O debate em torno da instalação do serviço de oncologia em Serra Talhada ganhou mais um capítulo nesta semana.

Na última segunda-feira (21), os vereadores Nailson Gomes, Zé Raimundo, Manoel Enfermeiro, André Maio e Sinézio Rodrigues, todos ligados ao prefeito Luciano Duque (PT), fizeram duras críticas ao governador Paulo Câmara, por não ter autorizado a instalação do tratamento de oncologia numa clínica particular, de um aliado do prefeito.

“O Centro de Oncologia será instalado no futuro Hospital Geral do Sertão, quando já tem um todo pronto, aguardando autorização. Isso é politicagem do pior governador que já existiu. Um incompetente”, disparou Rodrigues.

Nessa terça-feira (20), durante entrevista ao programa Frequência Democrática, na rádio Vila Bela FM, a gestora da XI Gerência Regional de Saúde, Karla Millena, rebateu às críticas e descartou qualquer ranço politiqueiro. Segundo ela, o funcionamento do serviço numa clínica particular já foi aprovado na Comissão Intergestora Regional (CIR).

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“Porque aqui o que precisava ser feito já foi feito. Agora tem que voltar a instância estadual para ir a instância federal. Porque o custeio vai ser federal, não tem contrapartida estadual. O município de Serra nos disse que há uma garantia no Ministério da Saúde que vai haver este recurso para bancar esse atendimento. Enfim, nós sabemos que Dra. Márcia Conrado (Secretária de Saúde) tem uma reunião marcada no dia 26 de fevereiro, com o Dr. Iran Costa (Secretário Estadual de Saúde) para tratar desse assunto. Porque ela ainda não conseguiu colocar na pauta para entrar na discussão e aprovação ou reprovação da Câmara Técnica da CIB”, detalhou a gestora.

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POLITICAGEM

Ainda durante a entrevista, Karla Millena citou o exemplo da Casa de Saúde São Vicente, que aguarda há dois anos para emplacar um serviço de hemodinâmica pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

“Porque a situação leva para o lado de politização, mas não consegue enxergar a situação que está acontecendo na saúde a nível nacional. Não tem recurso novo para serviço novo, não tem dinheiro. Se tivesse dinheiro, por exemplo, o Hospital São Vicente, que tem um serviço de hemodinâmica apta a atender toda a região, para fazer cateterismo cardíaco, fazer angioplastia, já tinha sido credenciado ao SUS. O Hospital São Vicente, 50% é de propriedade do ex-deputado federal Inocêncio Oliveira e de um grupo de sócios que são ligados politicamente ao governador Paulo Câmara. E por que o serviço ainda não foi credenciado? É questão política?”, questionou Millena.

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