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Na madrugada desta segunda-feira, em meio a uma forte tempestade, um grupo de 20 encapuzados entrou na redação do jornal Tiempo Argentino, expulsaram os jornalistas, destruíram a golpes as instalações e destroçaram os registros contábeis e trabalhistas. Um dos agressores se apresentou como Mariano Martínez Rojas, empresário que afirmou ser o proprietário do jornal depois da compra das ações do kirchnerista Sergio Szpolski. Szpolski e seu sócio Matías Garfunkel deixaram de pagar os salários em dezembro e abandonaram o edifício. Desde então, os jornalistas organizaram uma cooperativa de imprensa e, com o amparo da Justiça e do Ministério do Trabalho, relançaram Tiempo Argentino em formato semanal.

“Martínez Rojas e os capangas que contratou, armados com navalhas e encapuzados, colocaram os trabalhadores que estavam nas instalações para fora, cobriram as janelas e portas e começaram a destruir o lugar, as ferramentas de trabalho e a documentação da cooperativa ‘Por más tiempo’”, denunciou o Colectivo de Trabajadores de Prensa (CTP) em um comunicado.

Segundo explicou Javier Borelli, presidente da cooperativa, o bando entrou na redação no bairro de Colegiales, em Buenos Aires, e expulsou os trabalhadores com o argumento de que tinham um contrato de aluguel. “Dizem ser os donos do imóvel, mas esse contrato foi rescindido. Estou na delegacia com as provas necessárias para mostrar a verdade”, disse Borreli. “O Ministério do Trabalho colocou os bens e as ferramentas do jornal sob nossa custódia, por isso estamos trabalhando lá”, disse.

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