Do Jornal do Brasil

As forças militares de Israel interceptaram neste sábado (10) um drone iraniano lançado da Síria e que estava infiltrado no espaço aéreo israelense, informaram as autoridades locais.

Em resposta, Israel lançou uma operação contra alvos iranianos na Síria, mas um caça F-16 foi abatido pelo regime sírio e dois pilotos ficaram feridos, um dele em estado grave.

Segundo Tel Aviv, o drone partiu da base de Tadmor, em Palmira, no deserto sírio, e representou uma “grave violação da soberania israelense”. O equipamento foi abatido por volta das 4h30 locais, próximo à cidade de Bet Shean. Cerca de uma hora depois, a aviação israelense atingiu ao menos 12 alvos sírios e iranianos em território da Síria, inclusive a base de onde partira o drone.

“Foram ataques contra baterias antiaéreas sírias e quatro alvos irianos que fazem parte da rede militar de Teerã em Damasco”, disse um porta-voz. Durante o ataque, mísseis sírios também foram lançados contra Israel, o que ativou as sirenes e alarmes no norte do país. Um dos caças F-16 envolvidos na ofensiva para Israel foi atingido pela Síria e os pilotos precisaram se ejetar, caindo no norte de Israel.

Um dos pilotos está em condições graves. Controvérsias – O comando militar conjunto do Irã, do movimento Hezbolllah e da Síria disse que o drone interceptado por Israel não invadiu o espaço aéreo do país. Acusando Tel Aviv de divulgar notícias falsas, a coalizão alegou que o drone estava em Homs, na Síria.

De acordo com eles, o drone “tinha partido da base aérea de Tayfur, perto de Homs, e estava à procura de células terroristas do Estado Islâmico”.

Diplomacia – O embaixador de Israel em Moscou, Gay Koren, disse que seu país está pronto para adotar “medidas mais extremas”, a fim de “evitar que a Síria e o Líbano se transformem em um posto militar do Irã”. Histórico – Este é um dos incidentes mais graves envolvendo israel, Irã e Síria desde o início da guerra civil síria, há quase oito anos. O Irã e a milícia libanesa Hezbollah são alguns dos atores do conflito e apoiam o regime do ditador Bashar al-Assad. (ANSA)