Do G1

A Coreia do Norte afirmou, neste sábado, que programou a destruição de seu local de testes nucleares para o período de 23 a 25 de maio, dependendo das condições meteorológicas. O comunicado foi feito por meio da agência estatal do país.

De acordo com o órgão, serão derrubados, com explosões, todos os túneis, instalações de observação, prédios de pesquisa e postos de segurança. Jornalistas de outros países, inclusive dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, poderão acompanhar o evento.

Na última sexta-feira (11), o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, afirmou que a Coreia do Norte poderá ter “um futuro repleto de paz e prosperidade” se abandonar suas armas nucleares em breve.

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“Se o país tomar ação ousada para rapidamente se desnuclearizar, os Estados Unidos estão preparados para trabalhar com a Coreia do Norte para alcançar prosperidade no mesmo nível que nossos amigos sul-coreanos”, disse Pompeo.

Encontro com Trump
O presidente americano, Donald Trump, indicou na última quinta-feira (10) que o encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, acontecerá em Singapura em 12 de junho. A informação foi confirmada pelo ministério das Relações Exteriores singapuriano.

“Façamos que seja um momento especial para a paz mundial!”, tuitou Trump.

O anúncio do presidente americano chegou um dia depois da segunda visita de seu secretário de Estado, Mike Pompeo, a Pyongyang nas últimas semanas.

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Singapura, um importante centro financeiro do sudeste asiático, tinha várias vantagens para ser o local escolhido: sua neutralidade, suas garantias em relação à segurança e um longo histórico como anfitrião de cúpulas internacionais, apontaram vários analistas.

“Sem antecedentes”
Ao aceitar reunir-se com Trump a 5.000 quilômetros de distância de Pyongyang, Kim deve recorrer uma grande distância fora de sua zona de conforto, disse Graham Ong-Webb, um pesquisador da Escola S. Rajaratnam de Estudos Internacionais (RSIS) de Singapura.

Desde que assumiu o poder, Kim só viajou oficialmente ao exterior este ano, com duas visitas à China, onde se reuniu com o presidente chinês Xi Jinping.

Também cruzou a fronteira com a Coreia do Sul em abril, durante uma cúpula histórica com o presidente Moon Jae-in, tornando-se o primeiro líder de sua país a pisar no solo sul-coreano desde o cessar-fogo da Guerra da Coreia em 1953.