Do G1 Mundo

Um líder religioso de uma seita canadense, Winston Blackmore, 60 anos, foi condenado na última segunda-feira (24) por poligamia. Ele teria 25 esposas e (estima-se) 145 filhos. Seu amigo James Oler, 53 anos, outro líder da seita religiosa, também foi condenado por se casar com “apenas” cinco mulheres.

A condenação, decretada por um tribunal superior da Columbia Britânica, chega após um processo de mais de 20 anos de duração. Blackmore e Oler jamais tinham escondido a poligamia, uma prática prevista pela doutrina da seita por eles chefiada, chamada “Igreja fundamentalista”, uma franja extremista inspirada nos mórmons.

Os anos de condenação ainda não foram divulgados pela corte, mas Blackmore e Oler podem ficar presos por até cinco anos. O processo, que começou após uma investigação dos anos 1990, durou mais de duas décadas por causa da ambiguidade da lei canadense sobre a poligamia. Somente em 2011 um outro tribunal da Columbia Britânica confirmou que as leis do final do século 19 que proibiram a poligamia não violavam a liberdade religiosa. Mesmo assim, foi necessário esperar outros eis anos para que as sentenças sobre o caso fossem emitidas.

A seita de Blackmore e Oler não é nova a escândalos e condenações. O líder supremo da seita, o autoproclamado “profeta” Warren Jeffs, está atualmente preso no estado norte-americano do Texas após uma condenação a prisão perpetua pelo estupro de duas garotas de 12 e 15 anos. Foragido, em 2006 Jeffs foi inserido no elenco dos 10 criminais mais procurados pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos. Ele foi preso após um controle casual da polícia.