Publicado às 04h40 desta sexta-feira (3)

O líder do Psol (Partido Socialismo e Liberdade) em Serra Talhada, Ari Amorim, lamentou que alguns jovens estejam se deixando levar por ideias de ‘discórdia’ e ‘desunião’, segundo ele, presentes na plataforma de propostas do pré-candidato a presidência Jair Bolsonaro (PSC).

Em entrevista ao programa Frequência Democrática, na rádio Vilabela FM nesta quinta-feira (2), Amorim alertou que os reais problemas do Brasil não estão sendo discutidos pelos eleitores bolsonaristas e nem sequer pelo próprio pré-candidato de extrema direita.

Na sua argumentação, Ari, que é assistente social, lembrou sobre a importância das políticas sociais de inclusão de jovens no Brasil para diminuir os índices de criminalidade e que, de acordo com ele, os bolsonaristas menosprezam achando que tudo se resolve com mais violência.

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“Nós temos provas na prática, sobre a eficiência de políticas sociais, que o extremismo não revolve. Não resolve dizer à população que a solução para a educação no Brasil é armar o cidadão. Qual a solução para segurança pública, ah é armar o cidadão… ? Nós estamos num estado de guerra no Brasil onde morrem mais de 60 mil pessoas. São 7 pessoas que se mata a cada hora e Serra Talhada está dentro dessas páginas”, analisou Ari Amorim, lamentando:

“E o que eu lamento mais ainda, diante esse extremismo, é que jovens inteligentes estão fazendo uma ideologia de aprofundamento às ideias bolsonaristas que fazem com que a gente tenha uma realidade cada vez mais desigual. O pessoal de extrema direita pode vir com um discurso de educação e saúde para o povo, mas na prática é outra coisa e defendem pena de morte, intervenção militar… Quem não viveu o período militar diz isso agora, mas se tivesse vivido àquela época teria vergonha de dizer. Há muita gente, e não só de esquerda, que foi morta por defender o direito à liberdade e dignidade. Esse é um extremismo que só traz discórdia e desunião”.