O médico cubano Carlos Evelio deixou a família em Havana para passar três anos em São José do Belmonte, semiárido nordestino, onde não tem laços de amizade, vai ter dificuldades de comunicação e parte do salário – cerca de R$ 10 mil – pagos pelo Governo Federal será gerenciado pelo governo cubano. Em conversa com o FAROL, na última segunda-feira (4), Evelio justificou a mudança radical em sua vida e ritmo de trabalho.

“Para ser médico primeiro tem que ser gente. Nossa medicina em Cuba não é mercantilista. É humana. Estamos vindo para o Brasil em solidariedade ao povo brasileiro. Para ajudar o povo brasileiro”, disse Carlos Evelio, que chega na companhia de um outro médico cubano, Carlos Manoel. Ele disse que está disposto a superar as dificuldades e citou Fidel Castro durante a cerimônia de recepção oferecida pelo prefeito Marcelo Pereira.

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“O comandante Fidel sempre falou que é possível lutar por mundo  melhor. Um outro símbolo é o Che Guevara que é um exemplo de solidariedade”, explicou Carlos Evelio, que tem 50 anos e 27 anos de medicina. Entre outras especialidades, o médico vai introduzir a acupuntura no município de São José do Belmonte.