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Após a apresentação da denúncia pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente Michel Temer articula com aliados e auxiliares a estratégia para o contra-ataque. Temer fará um pronunciamento às 15h desta terça-feira (27) para responder às acusações.

Pela manhã, o presidente se reuniu, no Palácio do Jaburu, com a sua equipe de comunicação. O objetivo seria fazer um pronunciamento que dê argumentos à base aliada para que saiam em sua defesa. Um dos argumentos seria de que Janot teria feito as acusações sem provas.

Na noite de segunda-feira,  advogado de Temer, Antônio Cláudio Mariz, afirmou que o presidente não cometeu crime de corrupção, e que estava analisando a denúncia. “Posso adiantar que o presidente não cometeu o crime de corrupção que lhe foi imputado. Sobre os aspectos fáticos da denúncia, eu só poderei me pronunciar depois”, disse Mariz.

Denúncia

Rodrigo Janot denunciou, na noite de segunda-feira  (26), o presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo crime de corrupção passiva. A acusação está baseada nas investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada da JBS. O áudio da conversa gravada pelo empresário Joesley Batista, um dos donos da empresa, com o presidente, em março, no Palácio do Jaburu, também é uma das provas usadas no processo. Esta é a primeira vez na história que um presidente da República é denunciado ao Supremo Tribunal Federal no exercício do mandato.

O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) também foi denunciado pelo procurador pelo mesmo crime. Loures foi preso no dia 3 de junho por determinação do ministro Edson Fachin. Em abril, Loures foi flagrado recebendo uma mala contendo R$ 500 mil, que teria sido enviada pelo empresário Joesley Batista, dono da JBS.