Por Marly Moraes, vendedora autônoma e moradora da Avenida Miguel Nunes de Souza, 162 – bairro São Cristóvão

Publicado às 04h40 desta quarta-feira (21)

Gostaria de fazer um desabafo diante uma situação constrangedora e desrespeitosa que passei nessa quinta-feira (15). Fui na loja Caruaru Modas no Centro de Serra Talhada (Rua Afrânio Godoy) comprar uma calça, a moça me atendeu e pegou duas calças pretas que pedi.

Peguei uma e fui para o vestuário, quando sai falei que iria ficar com a calça, foi quando a moça me pediu a outra calça, eu falei que ela só tinha me entregado uma.

Então, ela insistiu e perguntou se eu tinha colocado na sacola preta que estava comigo, abri a sacola que tinha uma calça masculina comprada em outra loja que eu iria trocar.

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O pai da moça chegou até a mim e disse para devolver a calça. Abri outra bolsa que estava comigo. Eles me revistaram fiquei nervosa e falei para procurem a calça de deles que eu iria compra em outro lugar.

TRUCULÊNCIA

O dono da loja me pegou pelo braço me levou até o vestuário e disse:

‘vamos resolver numa boa entre e devolva a calça’. Comecei a chorar muito, nesse momento tinham duas clientes assistindo tudo, levantei a blusa e fui baixando o short que eu vestia, então muito nervosa sem entender nada gritei:

‘Meu Deus, como eu posso devolver algo que não está comigo. Vocês já olharam minha bolsa não tem como eu levar nada daqui’, mas eles insistiam e não deixavam eu sair.

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Liguei para o meu esposo, foi quando a moça chamou o pai nos fundos da loja e disse que tinha encontrado a calça, daí ele veio até a mim muito calmo e disse vamos resolver numa boa. Então eu perguntei:

Por quê? Já encontraram a calça? Ele já começou a me pedir desculpas, na verdade foi uma situação tão triste que eu só chorava e sem entender. Foi quando meu esposo chegou na loja e para minha surpresa, os dois se conheciam muito bem.

Ele ficou muito envergonhado e meu esposo muito revoltado, mas não tinha mais nada a fazer. Como reparar uma pressão psicológica, uma vergonha? Compartilhei em alguns grupos e duas pessoas me mandaram mensagens privadas dizendo que isso já tinha acontecido com elas na mesma loja, só que com peças pequenas.

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Também vivo de comércio, meu esposo é muito conhecido, somos pobres, porém somos honestos. Minha filha é conhecida na padaria e na quitanda por devolver centavos, espero sinceramente que eu tenha sido a última vítima de uma cena tão deprimente, triste e humilhante.