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Fotos: Coletivo FUÁH / Kecya Freire

Na noite dessa quinta-feira (16), Estudantes, professoras e técnicas administrativas estiveram reunidos na Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/Uast) para discutir violência contra a mulher e feminismo. A mesa composta pela professora de Letras da Uast, Rafaela Cruz; a aluna egressa e militante social, Manu Silva; e a professora de Direito da UFPE, Maria Lúcia Barbosa, abordou a partir da legislação brasileira, a mídia e os movimentos sociais, questões de gênero e o machismo enraizado nas instituições públicas e privadas do país.

DSC_0043A palestra fez parte do Encontro de Colheres, promovido pelos grupos DCE, NDH, Gepede e Coletivo FUÁH. No início da noite um casal de estudantes simularam uma discussão para chamar atenção das demais alunos da unidade para a violência contra a mulher. Durante a palestra, a professora Rafaela, a mídia e a publicidade enfatizam uma objetificação da mulher. “A publicidade é um espaço interessante para pensar o quanto nós mulheres somos usadas como objeto para vender produtos, produtos masculinos, inclusive”, enfatizou.

A Maria Lúcia Barbosa enfatizou a ação dos movimentos feministas e a legislação. “O sistema carcerário desumaniza e a Lei Maria da Penha só tem punido homens negros e pobres, criminalizar todos os atos não é a solução. Temos que empoderar as mulheres, para o trabalho, lhes dar autonomia”, explicou. Já a militante Manu levou os índices de violência contra a mulher registrados em Serra Talhada, a partir de publicações do FAROL. “Em três anos Serra Talhada registrou 1052 casos de violência contra a mulher, muitos são reincidentes. Os feminismos é uma das diversas maneiras de enfrentar esses números, a educação de gênero também”, afirmou.

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