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Fotos: Facebook Coletivo Fuáh

Atividades de discussão sobre o dia da abolição da escravatura em Serra Talhada acontecem nesta sexta-feira (13) em Serra Talhada. A data em que foi assinada a Lei Áurea, abolindo a escravidão dos sujeitos negros no país não é considerada como significativa para a luta dos movimentos sociais. Diante disso o Coletivo FUÁH, em parceria com a UFRPE/Uast, o Movimento Negro de Igualdade Racial (Monir) e o Cras Mutirão realizam contação de histórias, leitura de poesias afro-brasileiras e brincadeiras com crianças, adolescentes e palestras para jovens negros sobre identidade, representação e aceitação da estética negra.

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Em conversa com o FAROL, o psicólogo social do Cras Mutirão, José Neto Oliveira, enfatizou o trabalho promoção da cidadania realizado no bairro e a participação do coletivo na atividade a partir das 7h30. “Não podemos deixar que os nossos jovens do Mutirão vejam essa data de forma apática. O Fuáh representa resistência e luta para os jovens de Serra Talhada. Queremos a periferia adentrando os espaços, queremos o empoderamento negro. O Fuah irá nos ajudar a fazer com que o dia 13 de maio seja de luta e resistência no Mutirão”, disse.

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A segunda atividade do dia será a oficina “Além dos nós do turbante” que será realizada no Centro Dramático do Pajeú, na rua Teodósio Ferreira Magalhães, 119, Centro, a partir das 17h. Em seguida a mesa de discussão “Liberdade para que quem? E as escravidões modernas” trará o debate entre a socióloga Paula Santana (UFRPE/Uast) e Cicero Silva (Secretaria de Educação / Monir). As representantes do Fuáh, Daniele Cardoso e Kecya Freire ministrarão a oficina e comentaram a importância da atividade para os negros e negras de Serra Talhada.

“O tema da oficina é propriamente “apropriação cultural”, ou seja, discutiremos sobre a importância do turbante dentro das comunidades negras e fora delas. Buscaremos, juntos aos nossos interlocutores, compreender a relevância sócio-ideológica deste elemento da indumentária negra para o processo identitário. E é esta a importância desta atividade, onde cada vez mais os jovens estão procurando reafirmar sua negritude. Após o debate, mostraremos algumas amarrações para turbantes”, explicou Daniele.

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