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Foto: Arquivo Farol de Notícias

Mais de 20 anos depois, o resultado da eleição de 1992 em Serra Talhada ainda vem dando o que falar. Questionado, na rádio Vila Bela FM nesta quinta-feira (23), se não estaria com medo da “sombra” de três campanhas derrotistas, o pré-candidato a prefeito pelo PTB, Nena Magalhães, revelou que tinha a consciência que perderia em pelo menos duas disputas, mas não na que travou contra Augusto César, quando teve o apoio do então deputado Inocêncio Oliveira. Remexendo o passado, Nena colocou a contagem de votos em suspeição ao afirmar que possivelmente sofreu um ‘jogo sujo’ que acabou beneficiando seu atual aliado. Na época, segundo dados da Justiça Eleitoral, Augusto tirou 14.218 votos e Nena 13.117.

“Em duas vezes que eu concorri, eu concorri por concorrer, mas eu sabia que não tinha chance, não é?  Porque concorrer contra o governo do município e contra o governo do Estado é uma coisa muito desigual. Uma (eleição) foi que eu entrei para vencer, na época que Inocêncio me apoiou e eu perdi por quê? Por 800 votos! Porque houve uns atrapalhos… Naquele tempo os votos eram contados lá na AABB, aí o cabra tirava dez ou 15 votos de cada mesa e você decidia uma eleição… Perdia-se uma eleição (com cédulas de papel), claro! claro! Existia muita desonestidade e jogo sujo”, desabafou Nena Magalhães, acreditando que os tempos mudaram:

“Naquela época as pessoas eram mais alienadas e hoje as pessoas estão mais informadas. Veja quantos meios de comunicação existem em Serra Talhada. Nós temos as redes sociais, o Facebook, as pessoas estão muito mais instruídas. Eu acho até que isso para mim é um privilégio porque fica mais fácil para mim dizer a verdade às pessoas e a grande maioria das pessoas não são pessoas que se vendem mais, não são venais, está certo? Não são pessoas que estão ao lado do governo porque está recebendo alguma vantagem”.

Curiosamente, o mesmo cenário se repete: Nena tenta derrotar tanto o pré-candidato do governo municipal, Luciano Duque, como o nome a ser apoiado pela gestão estadual Victor Oliveira.