bolso-vazioProfessores da Rede Municipal de Ensino estão revoltados e culpam o governo por quebra de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada (Sintest). No final da tarde dessa terça-feira (2) a redação do FAROL recebeu dezenas de ligações telefônicas de professores reclamando que o reajuste de 16. 61% acordado com o governo do prefeito Luciano Duque não teria sido depositado em conta. Já os demais servidores da Educação teriam um reajuste de 10%.

“Estou saindo da boca do caixa agora e não tem nenhum reajuste salarial. Veio a mesma coisa. Uma vergonha. Quero saber se esse governo não cumpre palavra. Fiz alguns planos para utilizar o reajuste, mas foi tudo de água abaixo. O clima é de revolta aqui na escola”, desabafou uma auxiliar administrativo que pediu anonimato. “Eu não quero ser perseguida pela direção da minha escola”, justificou.

Com o reajuste, o professor inicial deveria receber um acréscimo de R$ 222 no piso salarial. Já aqueles com 15 anos de carreira e especialização teriam um aumento de cerca de R$ 300.

O OUTRO LADO

A reportagem do FAROL conversou com o secretário de Educação, Edmar Júnior, por telefone, que confirmou o não pagamento do reajuste salarial. Ele disse que a situaçao foi provocada pelo vereador Sinézio Rodrigues.

“Eu não posso fazer nada fora da lei. O projeto que tratava do reajuste salarial, enviado pelo governo, se encontra tramitando na Câmara de Vereadores e na segunda-feira (1), o vereador Sinézio Rodrigues (PT) pediu ao presidente Agenor de Melo para retira-lo de pauta, por não ter concordado com um dos pontos do projeto”, disse Edmar Júnior, acrescentando:

“Eu estava com as duas folhas prontas esperando a aprovação da lei. Uma com reajuste e outra sem. Para não prejudicar os professores e demais servidores liberamos a folha sem reajuste. Mas ninguém ficará no prejuízo”, garantiu.