A história oficial de Serra Talhada é fortemente marcada por narrativas fortemente influenciadas pelo catolicismo, algo que não é de se estranhar em se tratando de uma cidade que faz parte do país com maior número de católicos do mundo.

Porém, essas narrativas acabaram ignorando o legado histórico construído por outras religiões. Uma delas foi produzida pelo Missionário Horácio Ward, um americano que partiu de Nova Orleans, Estados Unidos da América, no dia 22 de dezembro, a bordo do Navio Deslud, chegando ao Rio de Janeiro no dia 9 de janeiro de 1935.

Em novembro de 1936, Horácio chegou a Serra Talhada, na época ainda chamada de Vila Bela, onde em 1937 fundou a primeira “Igreja de Cristo Pentecostal no Brasil”. Após retornar aos Estados Unidos, onde se casou com Coroline Ward, em março de 1938, o pioneiro missionário voltou para Serra Talhada, onde viveu por vários anos.

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Lamentavelmente não se tem muitas informações sobre a vida de Horácio Ward em Serra Talhada, no entanto, algumas imagens fotográficas raras mostram o missionário batizando alguns jovens nas águas do Rio Pajéu, no longínquo ano de 1941.

O curioso é que o Rio Pajeú sempre foi conhecido como área de lazer, onde se tomava banho e se jogava bolas nas suas areias, além do que durante boa parte do século XX as sua águas foram usadas para o consumo humano, mas agora, diante dessa recente informação, conclui-se que o Pajeú também tem importância singular para a história das religiões evangélicas no Brasil.